Vista da cabeça do mecanismo de aquisição de amostras por toque-e-vai (TAGSAM) da OSIRIS-REx, com a tampa removida, revelando as importantes amostras do asteroide Bennu no interior.
Crédito: NASA/Erika Blumenfeld/Joseph Aebersold
Cientistas da Universidade do Arizona, à frente da análise desses fragmentos do asteroide, já descobrem elementos inéditos. Com mais de 1.000 partículas estudadas, algumas superando o centímetro, estas amostras estão repletas de indícios sobre os materiais constitutivos dos planetas do nosso sistema solar. Ricas em água, carbono, nitrogênio, enxofre e fósforo, essas amostras poderiam revolucionar nossa compreensão sobre as origens da vida na Terra e além.
O laboratório Kuiper-Arizona da Universidade do Arizona é o cenário dessas descobertas, onde os pesquisadores usam instrumentos de ponta para sondar essas partículas até a escala atômica. Uma das descobertas mais surpreendentes é a presença de uma crosta de fosfato nunca observada antes em meteoritos terrestres. Essa peculiaridade sugere que Bennu poderia ser um fragmento de um antigo mundo oceânico extraterrestre, oferecendo talvez indícios sobre a existência de condições propícias à vida em outros lugares do Universo.
A missão OSIRIS-REx não se limita a enriquecer nossa coleção de meteoritos; ela nos permite estabelecer conexões com outros asteroides e aprofundar nossa compreensão da cintura de asteroides localizada entre Marte e Júpiter. Os resultados dessa missão serão apresentados durante a 55ª conferência Lunar and Planetary Science Conference, revelando ao mundo inteiro as histórias ocultas nesses grãos de poeira cósmica.