Des tempestades de prótons solares correlacionadas a extinções na Terra, e isso vai se repetir

Publicado por Adrien,
Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences
Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Aproximadamente a cada milênio, a Terra sofre o impacto devastador de um evento de partículas solares extremas. Essas tempestades de prótons provenientes diretamente do Sol podem penetrar nossa atmosfera e causar danos significativos ao meio ambiente e à vida na Terra. Os cientistas estão atualmente investigando as consequências desses fenômenos, especialmente em períodos de campo magnético fraco.


O campo magnético terrestre, nosso escudo contra as radiações solares, sofre variações importantes ao longo do tempo. Nos últimos cem anos, o polo norte magnético se deslocou 40 quilômetros por ano e o campo perdeu mais de 6% de sua intensidade. Períodos de campo magnético fraco foram registrados na história geológica, e a ausência total desse campo tem consequências dramáticas, como mostra o exemplo de Marte.

Os eventos de partículas solares são caracterizados pela emissão maciça de prótons pelo Sol, frequentemente associados a erupções solares. Ao contrário dos elétrons, os prótons, mais pesados e energéticos, podem atingir altitudes mais baixas na atmosfera terrestre, gerando raios X invisíveis a olho nu. Eventos desse tipo ocorrem regularmente, mas alguns na história da Terra foram milhares de vezes mais poderosos do que aqueles observados com nossos instrumentos atuais.

As consequências de um evento de partículas solares extremas para o ozônio terrestre e os níveis de radiação UV são alarmantes. Durante esses eventos, uma série de reações químicas pode reduzir significativamente a camada de ozônio, aumentando a exposição aos UV, o que eleva os riscos de câncer de pele e afeta o clima. Se esses eventos ocorrem quando o campo magnético é fraco, os danos podem perdurar por anos, aumentando os níveis de UV em 25% e os danos ao DNA em 50%.

O estudo dos períodos de campo magnético fraco e de eventos solares extremos revela correlações com extinções em massa e evoluções importantes da vida na Terra. Por exemplo, a extinção dos Neandertais e das megafaunas marsupiais coincide com um período de campo magnético fraco há 42.000 anos. Da mesma forma, o surgimento dos primeiros animais multicelulares e a explosão cambriana podem estar ligados a essas variações geomagnéticas e aos elevados níveis de radiação UV.

Os cientistas continuam buscando entender a influência da atividade solar e do campo magnético terrestre na evolução da vida, explorando novas pistas para explicar as grandes transições da história biológica.
Página gerada em 0.108 segundo(s) - hospedado por Contabo
Sobre - Aviso Legal - Contato
Versão francesa | Versão inglesa | Versão alemã | Versão espanhola