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Traumas na infância alteram as funções musculares ao envelhecer
Publicado por Cédric, Autor do artigo: Cédric DEPOND Fonte:Science Advances Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Um estudo da Universidade de Michigan revelou recentemente uma conexão perturbadora entre experiências traumáticas vividas na infância e a saúde muscular posterior. Esta pesquisa, publicada em Science Advances, sugere que esses eventos difíceis podem deixar uma marca duradoura em nossa fisiologia, afetando especificamente o funcionamento dos músculos com o passar do tempo.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram amostras de tecido muscular de 879 participantes com mais de 70 anos, no âmbito do estudo sobre músculos, mobilidade e envelhecimento (SOMMA). Esses participantes também preencheram questionários detalhados sobre seu passado, incluindo possíveis eventos traumáticos ocorridos durante sua infância.
Imagem ilustrativa Pixabay
Os resultados revelaram que quase metade dos participantes relatou ter sofrido um ou mais eventos adversos durante a juventude. Mais marcante ainda, as pessoas que reportaram esses traumas mostraram uma produção mais baixa de adenosina trifosfato (ATP) em suas células musculares. O ATP é essencial para a energia celular, desempenhando um papel crucial na contração muscular.
Kate Duchowny, pesquisadora principal no instituto de pesquisa social da Universidade de Michigan, destaca que esses resultados sugerem que as experiências da primeira infância podem influenciar diretamente as mitocôndrias dos músculos esqueléticos. As mitocôndrias são as centrais energéticas das células, e seu funcionamento alterado poderia predispor a diversos problemas de saúde relacionados ao envelhecimento.
Do mesmo modo, Anthony Molina, professor de medicina na Universidade da Califórnia em San Diego e coautor do estudo, enfatiza a importância dessas descobertas para a compreensão dos mecanismos subjacentes ao envelhecimento. Suas pesquisas anteriores já demonstraram que as medidas da função mitocondrial estão intimamente ligadas à saúde física e cognitiva de idosos.
As implicações deste estudo vão além da simples compreensão dos processos biológicos. Elas também ressaltam a importância de considerar os traumas infantis na promoção do bem-estar ao longo da vida. Ao identificar e compreender essas conexões entre o passado e a saúde futura, torna-se possível melhor prevenir e tratar os problemas de saúde associados ao envelhecimento.
Assim, esta pesquisa lança luz sobre o impacto profundo que eventos traumáticos precoces podem ter em nossa saúde a longo prazo, e destaca a importância de uma abordagem holística à saúde, que leve em conta tanto os aspectos fisiológicos quanto psicológicos.