A última era glacial corrige as previsões climáticas

Publicado por Adrien,
Fonte: Science Advances
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A sensibilidade do clima ao aumento do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera é uma questão crucial para entender as futuras mudanças climáticas. Pesquisadores da Universidade de Washington realizaram um estudo para esclarecer essa relação analisando os dados do último período glacial.


O estudo utiliza os dados climáticos do período do Máximo Glacial, quando grande parte da América do Norte estava coberta por gelo, para melhor prever o aquecimento futuro sob o efeito do aumento do CO2. Há 21.000 anos, o CO2 atmosférico era inferior à metade dos níveis atuais, com cerca de 190 partes por milhão (ppm).

A pesquisa mostra que os piores cenários de aquecimento são menos prováveis do que se pensava anteriormente. O cenário do pior caso para um dobro de CO2, anteriormente estimado em um aumento de 5 graus Celsius, agora é reduzido para 4 graus. As estimativas mais prováveis permanecem inalteradas, em torno de 3 graus de aumento.

Os pesquisadores também desenvolveram técnicas de modelagem estatística para integrar os dados paleoclimáticos nos modelos climáticos atuais, permitindo obter mapas de temperatura mais realistas dos milênios anteriores. Este estudo destaca que as mudanças nas nuvens sobre os oceanos e as modificações nas correntes oceânicas e nos ventos causadas pelas grandes calotas de gelo tiveram um impacto considerável no resfriamento global.

Os resultados deste estudo permitem fazer previsões mais precisas para o futuro, reduzindo as incertezas sobre o impacto do CO2 no aquecimento futuro. Eles nos lembram que as décadas recentes não são necessariamente representativas do futuro clima global.
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