☕ Um estudo revela que, com este consumo preciso, o café retardaria o envelhecimento

Publicado por Adrien,
Fonte: BMJ Mental Health
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Pesquisadores publicaram na revista BMJ Mental Health um estudo indicando que consumir 3 a 4 xícaras de café por dia está associado a telômeros mais longos. Telômeros encurtados são marcadores do envelhecimento biológico. Esse hábito moderado poderia corresponder a cerca de 5 anos adicionais de juventude celular em comparação com não bebedores de café.

Os telômeros estão localizados nas extremidades dos cromossomos e protegem o DNA, um pouco como as pontas de um cadarço. Seu encurtamento é um processo natural relacionado à idade, mas parece acelerado em indivíduos com condições como esquizofrenia ou transtornos bipolares. Essa descoberta abre novas perspectivas sobre os fatores ambientais que influenciam a saúde celular (para saber mais, veja abaixo).


Imagem ilustrativa Pixabay

A análise incluiu 436 adultos noruegueses participantes de um estudo sobre psicoses. Os participantes foram classificados de acordo com seu consumo diário de café: nenhum, 1-2 xícaras, 3-4 xícaras ou 5 xícaras e mais. As medidas de comprimento dos telômeros foram realizadas a partir de amostras de sangue, levando em consideração variáveis como idade e tabagismo.

Os resultados mostram uma relação, com os telômeros mais longos observados no grupo que consome 3 a 4 xícaras. Além dessa quantidade, o efeito benéfico desaparece, o que destaca a importância da moderação. Esse limite corresponde às recomendações das autoridades de saúde para um consumo seguro de cafeína.

Os compostos antioxidantes e anti-inflamatórios do café poderiam explicar essas observações (detalhes estão disponíveis no final do artigo). Os telômeros são sensíveis ao estresse oxidativo e à inflamação, o que torna o café um candidato interessante para preservar a juventude celular. No entanto, um consumo excessivo poderia ter o efeito oposto.

Embora promissores, esses resultados vêm de um estudo observacional e ainda não provam uma relação de causa e efeito. Fatores não registrados, como o tipo de café ou o consumo de outras bebidas cafeinadas, poderiam influenciar as conclusões. Pesquisas futuras deverão explorar esses aspectos para confirmar os benefícios potenciais.

Os telômeros: guardiões do nosso relógio biológico


Os telômeros são estruturas repetitivas de DNA localizadas nas extremidades dos cromossomos. Sua função principal é proteger os genes durante a divisão celular, impedindo a perda de informações genéticas. A cada divisão, os telômeros encurtam levemente, o que serve como uma contagem regressiva para a célula.

Quando os telômeros se tornam muito curtos, a célula para de se dividir e entra em senescência ou apoptose. Esse processo é uma causa maior do envelhecimento celular e está associado a várias doenças relacionadas à idade. O comprimento dos telômeros é, portanto, um marcador biológico importante para avaliar o estado de saúde.

Fatores ambientais como estresse, alimentação e hábitos de vida podem influenciar a taxa de encurtamento dos telômeros. Por exemplo, uma dieta rica em antioxidantes pode ajudar a preservá-los. No contexto de transtornos mentais, onde o estresse oxidativo é frequentemente aumentado, manter telômeros longos pode ser benéfico.

A pesquisa sobre telômeros abre caminhos para entender o envelhecimento e desenvolver intervenções. Estudos como o sobre o café mostram como modificações simples no estilo de vida poderiam retardar o declínio celular, oferecendo esperanças para melhorar a qualidade de vida.

Os compostos do café e seus efeitos na saúde celular


O café é rico em vários compostos bioativos, notadamente polifenóis como os ácidos clorogênicos. Essas substâncias possuem propriedades antioxidantes, capazes de neutralizar os radicais livres que danificam as células. Ao reduzir o estresse oxidativo, eles contribuem para proteger o DNA e as estruturas celulares.

A inflamação crônica é um fator de risco para muitas doenças, incluindo transtornos neuropsiquiátricos. Os compostos do café também têm efeitos anti-inflamatórios, modulando as vias de sinalização envolvidas na resposta imunológica. Isso pode ajudar a reduzir os danos celulares associados à inflamação.

No caso dos telômeros, sua integridade é ameaçada pelo estresse oxidativo e pela inflamação. Atuando nessas duas frentes, o café poderia retardar seu encurtamento. No entanto, a dose é essencial: um consumo moderado traz benefícios, enquanto o excesso pode aumentar o estresse oxidativo.

Além dos telômeros, o café tem sido associado a outros benefícios para a saúde, como uma redução no risco de certas doenças neurodegenerativas. Esses efeitos são frequentemente dose-dependentes e diferem entre os indivíduos. Compreender os mecanismos precisos permite otimizar o consumo para maximizar os benefícios.
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