Um padre mágico ressurge no Egito, 4200 anos depois 🧙‍♂️

Publicado por CĂ©dric,
Autor do artigo: CĂ©dric DEPOND
Fonte: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito
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A necrópole de Saqqara, joia arqueológica egípcia, revela uma nova surpresa. Uma tumba de 4.200 anos, pertencente a um médico real com múltiplos talentos, acaba de ser descoberta por uma equipe franco-suíça.

Este médico, chamado "Titi Nep-Fu", era muito mais do que um simples praticante. Sob o reinado do faraó Pepi II, ele acumulava os títulos prestigiosos de médico-chefe, dentista e especialista em herbologia. Sua sepultura, adornada com relevos e inscrições, testemunha seu status excepcional e seus laços com a deusa Serket, protetora contra venenos.

Um sábio com habilidades extraordinárias

Titi Nep-Fu era uma figura central da corte real. Suas habilidades médicas, especialmente no tratamento de mordidas venenosas, lhe renderam uma reputação excepcional. As inscrições de sua tumba revelam que ele também era sacerdote e mágico, associado a práticas rituais e religiosas.

Os arqueólogos descobriram um sarcófago de pedra com seu nome e títulos. As paredes da tumba, bem preservadas, mostram cenas de oferendas e representações da vida cotidiana, oferecendo um vislumbre valioso do Antigo Império Egípcio.

Uma tumba escondida atrás de uma parede de tijolos

A sepultura de Titi Nep-Fu estava escondida atrás de uma parede de tijolos crus, um detalhe que intrigou os pesquisadores. Esse esconderijo permitiu que a tumba permanecesse intacta, apesar de saques anteriores. Os relevos coloridos e as inscrições hieroglíficas descrevem suas múltiplas funções e sua conexão com a deusa Serket.

Os arqueólogos também encontraram vestígios de outro mastaba pertencente a Ouni, o Velho, vizir de Pepi I. Essas descobertas enriquecem nossa compreensão da administração e das práticas culturais da época.

Saqqara, um tesouro arqueológico inesgotável

A necrópole de Saqqara continua a intrigar os pesquisadores. Com suas pirâmides e mastabas, ela oferece uma janela única para a história do Egito antigo. As escavações recentes confirmam sua importância como um local-chave para o estudo do Antigo Império.

Os trabalhos da equipe franco-suíça continuam, prometendo mais revelações sobre esse período. Cada descoberta contribui para reconstruir o complexo quebra-cabeça da civilização egípcia.

Quem era a deusa Serket no Egito antigo?

A deusa Serket, frequentemente representada como uma mulher com um escorpião na cabeça, era uma figura importante da mitologia egípcia. Ela era venerada como protetora contra venenos e criaturas perigosas, desempenhando um papel crucial em rituais de cura e proteção.

Os egípcios acreditavam que Serket tinha o poder de curar picadas de escorpiões e cobras. Ela também estava associada à magia e à medicina, sendo frequentemente invocada por curandeiros e sacerdotes. Sua influência se estendia até o além, onde ela protegia os mortos.

Serket estava intimamente ligada a outras divindades, como Ísis e Néftis, nos rituais funerários. Ela cuidava dos vasos canópicos, que continham os órgãos dos mortos, e auxiliava na ressurreição no além. Seu papel simbolizava proteção e renascimento.

Hoje, descobertas arqueológicas, como a tumba de Titi Nep-Fu, mostram a importância de Serket na vida cotidiana e espiritual dos egípcios. Essas descobertas revelam como a medicina e a magia estavam intimamente ligadas nessa civilização.

O que Ă© um mastaba no Egito antigo?

Um mastaba é uma estrutura funerária típica do Egito antigo, usada principalmente durante o Antigo Império. Esses monumentos retangulares, com paredes inclinadas, serviam como tumbas para nobres e altos funcionários, antes do surgimento das pirâmides.

Os mastabas eram construídos com tijolos crus ou pedra, com uma capela acessível aos vivos para oferendas. Eles abrigavam uma câmara funerária subterrânea, onde o falecido repousava, além de espaços dedicados a objetos funerários e inscrições.

As paredes dos mastabas eram frequentemente decoradas com relevos e pinturas representando a vida do falecido, seus títulos e conquistas. Esses adornos oferecem hoje um vislumbre valioso da cultura e das crenças da época.

Os mastabas mais famosos estão em Saqqara, onde serviram de modelo para as primeiras pirâmides. Essas estruturas testemunham a evolução arquitetônica e religiosa do Egito antigo, marcando uma etapa crucial na história das práticas funerárias.
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