O "Terceiro Polegar" ("Third Thumb"), uma prótese robótica adicional, pode ser rapidamente dominado pelo público, melhorando assim a destreza manual.
Pesquisadores da Universidade de Cambridge desenvolveram um polegar robótico controlável que as pessoas podem aprender rapidamente a usar para agarrar e manipular objetos. Testes mostraram que o dispositivo é acessível a uma ampla gama de pessoas, com 98% dos participantes conseguindo utilizá-lo em um minuto. Crédito: Dani Clode Design & The Plasticity Lab
Durante os testes, um amplo painel de participantes provou que essa tecnologia pode ser dominada por quase todos, demonstrando assim seu potencial de inclusão. O "Terceiro Polegar" foi testado na Exposição Científica de Verão da Royal Society, onde 98% dos participantes conseguiram utilizá-lo em menos de um minuto.
O aumento motor, que inclui dispositivos motorizados como exoesqueletos ou próteses robóticas, é um campo tecnológico emergente. Esses dispositivos visam ultrapassar os limites biológicos atuais, oferecendo novas maneiras de interagir com o nosso ambiente, tanto para pessoas saudáveis quanto para aquelas com deficiências.
O professor Tamar Makin, da unidade de ciências cognitivas e cerebrais do MRC na Universidade de Cambridge, afirmou que a tecnologia redefine nossa percepção da humanidade, integrando as máquinas em nosso cotidiano, nossas mentes e corpos. É essencial que essas inovações sejam inclusivas desde o seu desenvolvimento para beneficiar todas as comunidades.
O "Terceiro Polegar", desenvolvido por Dani Clode, é uma prótese robótica que visa aumentar a capacidade de movimento e preensão da mão. Ele é usado do lado oposto ao polegar biológico e é controlado por sensores de pressão colocados sob os dedos grandes dos pés.
O Third Thumb ajudando o usuário a abrir uma garrafa. Crédito: Dani Clode Design / The Plasticity Lab
O estudo revelou resultados uniformes entre os sexos e as dominâncias manuais. No entanto, uma diminuição no desempenho foi observada em adultos mais velhos, possivelmente devido à degradação das capacidades sensório-motoras e cognitivas com a idade. Crianças mais novas também apresentaram desempenho inferior, especialmente aquelas com menos de 10 anos.
Lucy Dowdall, coautora do estudo, insiste na importância de testar fisicamente grupos diversos para garantir que as tecnologias de aumento motor se integrem harmoniosamente com as capacidades dos usuários.