Uma nova terapia luminosa para vencer um dos cânceres mais mortais 💡

Publicado por Adrien,
Fonte: CNRS INSIS
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O câncer de ovário é particularmente perigoso devido ao alto risco de metástases. Pesquisadores e pesquisadoras desenvolveram uma molécula capaz, sob controle luminoso, de se ligar especificamente às metástases peritoneais e destruí-las por oxidação. Publicados no Journal of Controlled Release, esses trabalhos abrem uma nova via terapêutica.


Princípio da terapia com o direcionamento das células cancerígenas.
© Morgane Moinard e Céline Frochot

O câncer de ovário, o câncer ginecológico mais mortal, é tratado com uma combinação de cirurgia e quimioterapia. No entanto, a doença recidiva em 60% dos casos, principalmente devido às lesões residuais da carcinose peritoneal, ou seja, a disseminação de células cancerígenas no peritônio. A melhoria da taxa de sobrevivência depende, portanto, da eliminação das células cancerígenas ovarianas, ao mesmo tempo em que se limitam os riscos de a terapia atacar tecidos saudáveis.

Pesquisadores e pesquisadoras do Laboratório de Reações e Engenharia de Processos (LRGP, CNRS/Univ. Lorraine), do laboratório Terapias Assistidas por Lasers e Imunoterapias para Oncologia (OncoThAI, CHU Lille/INSERM/Universidade de Lille) e do Laboratório de Química-Física Macromolecular (LCPM, CNRS/Univ. Lorraine) trabalharam em uma nova forma de terapia direcionada, chamada terapia fotodinâmica (PDT), para tratar essas metástases peritoneais de origem ovariana.

A PDT é uma modalidade de tratamento médico baseada em três elementos essenciais: luz, oxigênio e um fotossensibilizador (PS). Este último é um medicamento que, quando excitado por um raio luminoso, produz espécies oxidantes que destroem as células cancerígenas. A PDT já é comumente utilizada na clínica dermatológica.

Nesses trabalhos, o PS foi modificado para que pudesse direcionar especificamente as células cancerígenas, o que torna o tratamento mais eficaz, mas principalmente limita os riscos de atacar tecidos saudáveis. Para isso, os cientistas o acoplaram inicialmente ao ácido fólico, uma molécula que direciona receptores superexpressos nas metástases peritoneais de origem ovariana.

O fotossensibilizador assim obtido foi patenteado por essas equipes. Uma vez que o medicamento se acumula nas células cancerígenas, um dispositivo luminoso desencadeia sua ação oxidante por meio de comprimentos de onda bem definidos.

Esses trabalhos estão em processo de valorização graças ao apoio de duas Sociedades de Aceleração da Transferência de Tecnologias (SATT). Em um segundo momento, essas equipes também receberam novos financiamentos para desenvolver análogos do ácido fólico ainda mais estáveis e conferir-lhes capacidades imunostimulantes ótimas. Ensaios in vitro foram realizados e testes in vivo estão planejados.

ReferĂŞncias:
Targeted Photodynamic Therapy using a Vectorized Photosensitizer coupled to Folic Acid Analog induces Ovarian Tumor Cell Death and inhibits IL-6-mediated Inflammation.
Journal of Controlled Release, Volume 371, Julho de 2024.
https://doi.org/10.1016/j.jconrel.2024.05.033
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