💉 Vacina COVID para crianças: enorme benefício descoberto sobre o eczema

Publicado por Adrien,

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A vacinação contra a COVID-19 pode oferecer benefícios inesperados para crianças que sofrem de eczema, uma doença cutânea crônica que afeta muitos pacientes jovens.

Um estudo recente apresentado no congresso anual do American College of Allergy, Asthma and Immunology revela que essas crianças vacinadas desenvolvem menos infecções e problemas alérgicos do que seus pares não vacinados, abrindo perspectivas promissoras para o tratamento dessa patologia.

O estudo envolveu mais de 11.000 crianças diagnosticadas com dermatite atópica, o termo médico para eczema. Os pesquisadores compararam dois grupos cuidadosamente pareados por idade, sexo e histórico médico, excluindo crianças que já haviam contraído COVID-19 ou apresentavam patologias graves.


A vacinação COVID-19 pode ajudar crianças com eczema a combater infecções e alergias, oferecendo uma proteção que vai muito além do próprio vírus.

Os resultados mostram que as crianças vacinadas tiveram significativamente menos infecções como otites, pneumonias, bronquites e várias infecções cutâneas, com reduções de risco de até 52% para algumas condições.

Além da proteção contra infecções, a vacinação também parece influenciar favoravelmente a evolução das doenças alérgicas. Os pesquisadores observaram uma diminuição notável na incidência de asma, rinite alérgica e reações anafiláticas alimentares em crianças vacinadas. Essas condições fazem parte do que os médicos chamam de "marcha atópica", essa progressão natural onde o eczema frequentemente precede o aparecimento de outras alergias respiratórias e alimentares.

O mecanismo que explica esses benefícios ampliados pode residir na modulação do sistema imunológico. Como a dermatite atópica é caracterizada por um desequilíbrio das defesas imunológicas, a vacinação poderia ajudar a reequilibrar algumas respostas inflamatórias excessivas. Essa hipótese é apoiada pelo fato de que o aparecimento de muitas condições foi retardado em crianças vacinadas, sugerindo um efeito protetor duradouro além da simples prevenção do coronavírus.

Essas descobertas reforçam a importância da vacinação em crianças com eczema, uma população particularmente vulnerável a infecções. Enquanto muitos pais se preocupam com possíveis efeitos colaterais, este estudo traz elementos tranquilizadores sobre a segurança da vacina e seus benefícios adicionais. Os pesquisadores destacam, no entanto, a necessidade de continuar as investigações para entender melhor os mecanismos biológicos subjacentes a esses efeitos protetores ampliados.

A marcha atópica: compreender a evolução das alergias nas crianças


A marcha atópica designa a progressão natural das doenças alérgicas que começa frequentemente na primeira infância com um eczema, depois evolui para asma e rinites alérgicas. Esse fenômeno se explica por uma predisposição genética a desenvolver reações imunológicas excessivas contra substâncias normalmente inofensivas como pólens ou ácaros.

O eczema constitui geralmente a primeira manifestação visível dessa sensibilidade aumentada. A pele, barreira protetora natural, apresenta anomalias que permitem que os alérgenos penetrem mais facilmente no organismo. Essa exposição precoce desencadeia uma cascata de reações inflamatórias que prepara o terreno para o desenvolvimento posterior de outras alergias.

Ao longo do tempo, o sistema imunológico continua a reagir de maneira excessiva, estendendo suas reações a outros órgãos como as vias respiratórias. É assim que a asma e a rinite alérgica podem aparecer, frequentemente entre 3 e 7 anos. Essa progressão não é sistemática, mas afeta aproximadamente um terço das crianças com eczema severo.

Compreender essa evolução natural permite antecipar e prevenir melhor as complicações. Intervenções precoces, como um bom tratamento do eczema e a evitação de alérgenos identificados, podem às vezes retardar ou modificar o curso dessa marcha atópica.

O sistema imunológico na dermatite atópica


A dermatite atópica resulta de uma interação complexa entre fatores genéticos e ambientais que perturbam o funcionamento normal do sistema imunológico. Em pessoas afetadas, observa-se um desequilíbrio entre dois tipos de linfócitos, as células imunológicas que coordenam nossas defesas.

Mais precisamente, os linfócitos Th2, responsáveis pelas reações contra parasitas e alérgenos, são superativados em detrimento dos linfócitos Th1 que combatem infecções virais e bacterianas. Esse desequilíbrio provoca uma produção excessiva de imunoglobulinas E, anticorpos envolvidos nas reações alérgicas.

A barreira cutânea também desempenha um papel essencial. Em pacientes atópicos, a pele apresenta defeitos nas proteínas que asseguram sua coesão, como a filagrina. Essa permeabilidade aumentada permite que alérgenos e micróbios penetrem mais facilmente, desencadeando reações inflamatórias locais e sistêmicas.

Essas perturbações imunológicas explicam por que crianças com eczema são mais sensíveis a infecções e frequentemente desenvolvem outras alergias. Qualquer intervenção capaz de reequilibrar esse sistema imunológico desregulado poderia, portanto, ter benefícios ampliados, além da simples proteção contra uma doença específica.
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