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Vídeo: em caso de ferimento, essas criaturas mesclam-se para criar um único organismo
Publicado por Cédric, Autor do artigo: Cédric DEPOND Fonte:Current Biology Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
As profundezas oceânicas ainda escondem muitos mistérios. Mnemiopsis leidyi, uma pequena criatura marinha transparente, recentemente revelou um surpreendente superpoder. Os biólogos ficaram boquiabertos.
Quando esse animal se fere, ele pode fundir-se com outro espécime para formar um único organismo, perfeitamente sincronizado. Uma descoberta acidental que levanta muitas perguntas.
Esta criatura, também chamada de noz do mar, pertence aos ctenóforos, organismos primitivos que povoam nossos oceanos há milhões de anos. Até então, nada indicava que ela possuía tal habilidade. Os pesquisadores observaram esse fenômeno enquanto estudavam os Mnemiopsis leidyi em aquários. Um dos espécimes havia desaparecido, enquanto outro parecia ter dobrado de tamanho, o que levou a uma descoberta surpreendente: a fusão de dois indivíduos em um só.
Para confirmar essa fusão, a equipe reproduziu o experimento em outros 20 espécimes. Ao provocar pequenos ferimentos, eles constataram que 9 dos 10 pares testados haviam se fundido em uma única entidade em menos de 24 horas.
Esse processo não se limita a uma simples união dos corpos. Os sistemas nervoso e digestivo dos animais fundidos tornam-se totalmente sincronizados. Quando ocorre uma estimulação mecânica em um dos lados do animal fundido, as contrações musculares propagam-se instantaneamente por todo o organismo, como se ele fosse um único corpo.
Ainda mais impressionante, os sistemas digestivos também se fundem. Os pesquisadores alimentaram uma das bocas e observaram que o alimento circulava através dos dois organismos fundidos, antes de ser excretado por seus dois ânus.
Mnemiopsis leidyi ferida, fundiu-se com outro espécime
Essa fusão, que parece estar relacionada à ausência de mecanismos de reconhecimento entre os indivíduos, é uma vantagem inédita de sobrevivência. Resta saber se essa capacidade se manifesta em seu habitat natural, um assunto que agora intriga os biólogos. Esse fenômeno poderia abrir novas perspectivas na pesquisa em medicina regenerativa, especialmente no que diz respeito a transplantes e à reparação de tecidos nervosos.