Tudo começa com o acúmulo de ar quente e úmido perto do solo. Sob o efeito da radiação solar, a temperatura aumenta e a atmosfera se torna instável: o ar quente, mais leve, sobe, enquanto o ar mais frio em altitude desce. Essa diferença de densidade cria fortes correntes convectivas.
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Quando o ar quente sobe, ele esfria gradualmente; ao atingir um certo nível, o vapor de água que contém se condensa em forma de gotículas e forma nuvens do tipo cúmulos. Se o ar permanece úmido e o calor intenso, esses cúmulos crescem e acumulam mais água: passam então para cúmulos congestos e, depois, para os imponentes cumulonimbos, as verdadeiras "fábricas de tempestades".
A formação de uma tempestade de calor também requer um suprimento contínuo de energia: quanto mais o sol aqueceu o solo durante o dia, mais o ar próximo à superfície está carregado de energia potencial (chamada de "CAPE", Convective Available Potential Energy). Quando essa energia é liberada, ela alimenta violentamente os movimentos do ar, provocando ventos fortes e instabilidade nas nuvens, resultando em granizo, relâmpagos e chuvas torrenciais.
Às vezes, um fator adicional intervém, como uma leve brisa marítima, uma frente fria vinda de outro lugar ou o relevo que força o ar a subir. Esse "levantamento orográfico" pode ser suficiente para iniciar a convecção e desencadear a tempestade.
Os relâmpagos surgem do atrito e da separação de cargas elétricas entre as gotículas e os cristais de gelo dentro da nuvem. Quando a diferença de potencial se torna muito grande, ocorre uma descarga: é o trovão que ouvimos depois de ver o relâmpago.
No final, essas tempestades desempenham um papel essencial: liberam o calor e a umidade acumulados, resfriando bruscamente a atmosfera. Mas elas também podem causar inundações locais, quedas de granizo e rajadas perigosas. Ao primeiro sinal de trovões, é melhor procurar abrigo e evitar atividades ao ar livre.