A atividade física à noite é mais benéfica, segundo um estudo realizado pela Universidade de Sydney. Esta pesquisa revela que praticar exercício entre 18h e meia-noite reduz significativamente o risco de mortalidade prematura e de doenças cardiovasculares. O estudo foi conduzido em indivíduos obesos.
A prática de exercício físico à noite poderia reduzir consideravelmente os riscos à saúde de indivíduos obesos, nomeadamente a morte prematura e os problemas cardiovasculares, de acordo com um estudo da Universidade de Sydney.
Os investigadores analisaram os dados de 30.000 pessoas acompanhadas por quase oito anos. Usaram dispositivos portáteis para categorizar a atividade física dos participantes em matutina, vespertina ou noturna. Descobriram que aqueles que realizavam a maioria de sua atividade física aeróbica moderada a vigorosa à noite tinham os menores riscos de mortalidade prematura e morte por doenças cardiovasculares.
O estudo, publicado em 10 de abril na revista Diabetes Care, foi liderado pelo Centro Charles Perkins da Universidade. Destaca a importância da frequência das atividades físicas moderadas a vigorosas, medidas em curtos episódios de três minutos ou mais, em vez da quantidade total de atividade física diária.
Segundo o Dr. Angelo Sabag, professor adjunto de fisiologia do exercício na Universidade de Sydney, esta pesquisa sugere que planejar as atividades físicas em momentos específicos do dia poderia reduzir alguns riscos de saúde associados à obesidade.
Os dados incluíram 29.836 adultos obesos com mais de 40 anos, dos quais 2.995 também foram diagnosticados com diabetes tipo 2. Os investigadores acompanharam sua saúde por 7,9 anos, registrando 1.425 mortes e 3.980 eventos cardiovasculares.
Este estudo, sendo observacional, reforça a ideia de que a atividade física no fim do dia poderia ajudar a gerenciar a intolerância à glicose e complicações associadas em pessoas vivendo com obesidade ou diabetes.
O Professor Emmanuel Stamatakis, diretor do Mackenzie Wearables Research Hub no Centro Charles Perkins e autor principal do estudo, destacou que o uso de dispositivos portáteis oferece uma visão precisa dos padrões de atividade física, essencial para traduzir os resultados em recomendações práticas para o gerenciamento da obesidade e do diabetes tipo 2.