Colisão entre dois corpos planetários primitivos em fase de acreção /
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Publicado na The Astrophysical Journal Letters, esta pesquisa mostra como os impactos gigantes, um processo-chave na formação de planetas telúricos, podem induzir a produção de vapor, alterando assim as características geoquímicas dos corpos planetários primitivos.
Utilizando simulações de dinâmica molecular baseadas nos primeiros princípios, a equipe estudou o comportamento sob choque de sistemas silicatados representativos de corpos planetários como a Terra e Marte.
O estudo introduziu um critério inovador para a formação de vapor baseado em cálculos de entropia, revelando que uma velocidade de impacto de 7,1 km/s é o mínimo necessário para produzir vapor em corpos condríticos. As simulações mostraram que a vaporização ocorria em até 89% dos impactos durante as últimas etapas da acreção planetária, influenciando significativamente as propriedades materiais e o conteúdo de voláteis dos planetas em formação.
Este trabalho destaca que a vaporização não está limitada a eventos maiores e catastróficos, como o impacto que formou a Lua, mas é comum em impactos de menor escala. Esses resultados são importantes para entender a distribuição de voláteis e as composições isotópicas dos planetas telúricos. O estudo recomenda integrar os efeitos dos impactos vaporizantes em futuros modelos de formação planetária, oferecendo assim uma compreensão mais completa da dinâmica do sistema solar primitivo.
Uma proporção significativa dos impactos durante a acreção planetária resulta em vaporização, pelo menos parcial. Isso tem consequências importantes no balanço de voláteis dos planetas telúricos em formação.