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A conexão que não pode ser ignorada entre carne vermelha e diabetes tipo 2
Publicado por Redbran, Fonte: Universidade Laval Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Se, neste início de 2024, você está procurando uma resolução simples que trará benefícios de longo prazo para a sua saúde, considerar a redução do seu consumo de carne vermelha não seria uma má ideia. De fato, um estudo que acaba de ser publicado no The American Journal of Clinical Nutrition confirma que existe uma ligação direta entre o consumo de carne vermelha e o risco de diabetes tipo 2. Além disso, o estudo mostra que a substituição de uma porção diária de carne vermelha por nozes, leguminosas ou produtos lácteos resulta em uma redução substancial do risco de diabetes tipo 2 a longo prazo.
Imagem ilustrativa Pixabay
Jean-Philippe Drouin-Chartier, professor na Faculdade de Farmácia da Universidade Laval, e um grupo de pesquisadores da Universidade Harvard chegaram a essas conclusões após um estudo com 216.695 pessoas. "No momento do recrutamento para o estudo, nenhuma dessas pessoas era diabética, mas 22.761 se tornaram diabéticas durante o acompanhamento, que durou mais de 30 anos", esclarece o professor Drouin-Chartier, também pesquisador no Centro de Nutrição, Saúde e Sociedade e no Instituto de Nutrição e Alimentos Funcionais.
Todos os participantes tinham que preencher periodicamente questionários alimentares nos quais relatavam seu consumo de carne vermelha processada (salsichas, bacon, carnes frias para sanduíche, etc.) e de carne vermelha não processada (boi, porco, cordeiro).
Com base nesses dados, os pesquisadores estabeleceram que o risco de desenvolver diabetes tipo 2 aumentava diretamente com o consumo de carne vermelha. Assim, as pessoas que estavam no quintil superior de consumo total de carne vermelha tinham 62% mais risco de desenvolver diabetes tipo 2 do que as pessoas do quintil inferior. Quando apenas a carne vermelha processada era considerada, o aumento do risco era de 51%. Para a carne vermelha não processada, o risco era 40% mais alto.
Imagem ilustrativa Pixabay
"Esse aumento do risco de diabetes tipo 2 poderia ser atribuído às gorduras saturadas e ao tipo de ferro presentes na carne vermelha", sugere o professor Drouin-Chartier. "A presença de nitratos nas carnes processadas também pode ser um fator. Além disso, sabe-se que o consumo de carne vermelha está associado ao ganho de peso, e a adiposidade é, por si só, um fator de risco para o diabetes tipo 2."
Os pesquisadores também realizaram modelagens para medir o efeito da substituição de uma porção diária de carne vermelha por outra fonte de proteína. Esse exercício permitiu-lhes estabelecer que a substituição de uma porção diária de carne vermelha processada por uma porção de leguminosas ou nozes diminuía em 41% o risco de diabetes tipo 2. No caso da carne vermelha não processada, a diminuição era de 29%. Se produtos lácteos fossem substituídos pela carne vermelha processada ou não processada, as reduções de risco eram, respectivamente, de 33% e 20%.
"Considerando nossos resultados, consumir menos carne vermelha pode parecer uma boa ideia, mas também é importante considerar o que usamos como substituto", insiste o professor Drouin-Chartier. "Nossos resultados estão alinhados com as recomendações do Guia Alimentar Canadense. Há grandes vantagens em substituir a carne vermelha por proteínas de origem vegetal ou por produtos lácteos, principalmente iogurte. E se você ainda quiser consumir carne vermelha, um bife seria preferível a carnes frias processadas."