A correlação alarmante entre microplásticos e doenças 🚨

Publicado por Adrien,
Fonte: TrAC Trends in Analytical Chemistry
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A poluição por microplásticos atinge níveis alarmantes, com implicações diretas na saúde humana. Um estudo recente revela uma correlação preocupante entre a presença dessas partículas em tecidos danificados e diversas doenças.

Os pesquisadores da Universidade de Agricultura e Silvicultura de Zhejiang realizaram uma meta-análise aprofundada sobre a presença de micro e nanoplásticos (MNP) em tecidos humanos. Seu trabalho, publicado na TrAC Trends in Analytical Chemistry, baseia-se em 61 artigos de pesquisa e 840 estudos toxicológicos para explorar os mecanismos de ação dos MNP.


Crédito: TrAC Trends in Analytical Chemistry (2024)

As técnicas de análise, como espectroscopia e microscopia, permitiram identificar os tipos de polímeros em diferentes tecidos. Os estudos toxicológicos destacaram respostas celulares como estresse oxidativo e inflamação, sugerindo uma ligação entre os MNP e doenças específicas.

As partículas de MNP foram detectadas em vários sistemas corporais, incluindo o sistema digestivo e respiratório. Uma correlação positiva foi observada entre a abundância dessas partículas e distúrbios como doenças inflamatórias intestinais e câncer do colo do útero.

Os testes toxicológicos indicam que os MNP podem desencadear respostas celulares prejudiciais, incluindo disfunção mitocondrial e apoptose. Essas descobertas levantam preocupações sobre o impacto dos MNP na saúde humana, especialmente em relação a doenças neurodegenerativas.

Uma observação importante desta meta-análise é que os níveis de MNP são mais altos em tecidos lesionados do que em tecidos saudáveis. Isso sugere uma relação potencial entre o acúmulo de MNP e a patologia local, embora a natureza dessa relação ainda precise ser elucidada.

A questão de saber se os MNP causam lesões ou se acumulam em tecidos já danificados permanece em aberto. Este estudo abre caminho para pesquisas futuras que explorem esses mecanismos e desenvolvam estratégias de mitigação.

Por fim, a ausência de métodos convencionais para eliminar microplásticos do ambiente ou de tecidos humanos representa um grande problema. Os esforços atuais se concentram na descoberta de métodos para mitigar o impacto ambiental, mas a complexidade das partículas e sua diversidade química tornam essa tarefa particularmente difícil.

Como os microplásticos afetam a saúde humana?


Os microplásticos, ao penetrarem nos tecidos humanos, podem induzir estresse oxidativo e respostas inflamatórias. Essas reações celulares podem danificar os tecidos e contribuir para o desenvolvimento de doenças.

O estresse oxidativo é um desequilíbrio entre radicais livres e antioxidantes no corpo, levando a danos celulares. Os microplásticos podem exacerbar esse desequilíbrio, aumentando o risco de doenças crônicas.

As respostas inflamatórias, por sua vez, são reações do sistema imunológico a agentes estranhos. Os microplásticos podem desencadear essas respostas, levando a uma inflamação crônica que pode danificar tecidos e órgãos.

Por fim, os microplásticos também podem perturbar as funções mitocondriais, essenciais para a produção de energia nas células. Essa perturbação pode levar à apoptose, ou morte celular programada, contribuindo para a degeneração dos tecidos.

Quais são os métodos para detectar microplásticos em tecidos humanos?


A detecção de microplásticos em tecidos humanos depende de técnicas analíticas avançadas como espectroscopia e microscopia. Esses métodos permitem identificar e quantificar os tipos de polímeros presentes.

A espectroscopia usa luz para analisar as propriedades químicas dos materiais. É particularmente útil para identificar os tipos de plásticos em amostras de tecidos.

A microscopia, por sua vez, permite visualizar as partículas de microplásticos em nível microscópico. Essa técnica é essencial para entender a distribuição e a concentração de MNP nos tecidos.

Por fim, a pirólise-cromatografia em fase gasosa/espectrometria de massa é outro método usado para analisar polímeros. Ela permite decompor as amostras em seus componentes químicos para uma identificação precisa.
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