A crise da COVID-19, com seus 7 milhões de mortes no mundo, destacou a importância da detecção precoce para a implementação eficaz de políticas de saúde pública. Ela colocou o termo "coronavírus" no vocabulário diário, mas o SARS-CoV-2 não é, de longe, o único desta família a ameaçar o ser humano.
Lançado no início de 2024, o CoronaVirus Network (CoViNet) da OMS tem a missão de detectar, monitorar e realizar análises genéticas aprofundadas dos coronavírus e seus variantes, tanto em humanos quanto em animais.
Essa rede está atualmente se expandindo em mais de 20 países distribuídos pelos cinco continentes. Permitirá fortalecer a avaliação de riscos, a troca de informações e as medidas de prevenção contra os coronavírus emergentes ou já em circulação. Seus trabalhos orientarão as ações da OMS bem como a tomada de decisões políticas, em nível nacional e mundial.
A rede CoViNet é uma extensão dos "laboratórios de referência" designados pela OMS a partir de 2020, aos quais o Centro de Doenças Virais Emergentes da UNIGE e do HUG foi incluído em 2023. Sua missão inicial era fornecer testes para os países com capacidades limitadas ou inexistentes nesse âmbito.
Desde então, tornou-se imperativa a necessidade de monitorar a evolução do vírus e suas variantes, expandindo assim os objetivos desses laboratórios para a saúde animal e o monitoramento ambiental. Para criar essa nova rede de laboratórios, um chamado para candidaturas CoViNet foi lançado pela OMS no outono de 2023.