Descobertos em tumbas do Egito Antigo, cones estranhos intrigam os arqueólogos. Seu aparecimento em muitas pinturas e esculturas levanta questões.
Esses cones, adornando a cabeça dos egípcios e feitos de cera de abelha, foram encontrados pela primeira vez em sepulturas com mais de 3.300 anos. Essa descoberta muda nossa compreensão sobre esses objetos, outrora considerados apenas como motivos artísticos.
Uma pintura encontrada no interior da tumba de Nakht, no Vale dos Nobres. Cada uma das mulheres carrega um cone na cabeça.
As primeiras evidências físicas desses cones foram descobertas em Amarna, a antiga capital egípcia, onde dois esqueletos foram encontrados usando esses adornos. Surpreendentemente, esses indivíduos não pareciam pertencer à elite, mas sim à classe trabalhadora.
Os pesquisadores ainda se perguntam sobre a função exata desses cones. Uma teoria sugere seu uso como recipientes de bálsamo perfumado, que derretia gradualmente para liberar um aroma agradável durante as cerimônias. Outros acreditam que estavam ligados à fertilidade, devido à sua associação com Hathor, a deusa da fertilidade.
Esses cones, frequentemente representados em associação com mulheres em contextos sugestivos, também levaram alguns especialistas a associá-los a noções de sensualidade e sexualidade. Sua presença em cenas de banquetes fúnebres ou nascimentos sugere uma importância simbólica ainda pouco compreendida.
Assim, esta descoberta abre novas perspectivas sobre as práticas funerárias e a vida cotidiana dos antigos egípcios, revelando aspectos desconhecidos de sua cultura.