Esta espécie revela capacidades cognitivas humanas

Publicado por Redbran,
Fonte: Current Biology
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Os morcegos frugívoros do Egito, uma espécie comum, possuem capacidades cognitivas complexas? Os pesquisadores da Universidade de Tel Aviv se debruçaram sobre essa questão ao observar os morcegos em liberdade para responder a uma antiga pergunta científica sobre sua memória e planejamento.


Publicado na Current Biology, o estudo conduzido pelo Professor Yossi Yovel e Dr. Lee Harten com sua equipe visava entender se esses morcegos possuem uma memória episódica e a capacidade de planejamento a longo prazo, traços frequentemente atribuídos apenas aos seres humanos.

Para isso, os pesquisadores equiparam os morcegos com pequenos GPS de alta resolução, permitindo-lhes rastrear seus trajetos e as árvores frutíferas que visitavam. Os resultados revelaram comportamentos surpreendentes, indicando que os morcegos eram capazes de memorizar a localização e a sazonalidade das árvores frutíferas e de estimar o tempo decorrente entre as visitas.

A experiência demonstrou que os morcegos mais velhos podiam evitar as árvores que haviam cessado de produzir frutos, ao contrário dos morcegos jovens que careciam dessa habilidade adquirida com a experiência. Isso prova uma capacidade de memória episódica nos morcegos.

Os pesquisadores também estudaram os comportamentos orientados para o futuro. Observaram que os morcegos planejavam seus trajetos de maneira antecipada, escolhendo árvores específicas e, às vezes, voando mais rapidamente para alcançar destinos distantes, demonstrando assim uma capacidade de gratificação diferida e planejamento a longo prazo.


Morcego frugívoro.
Crédito: Yuval Barkai

Os primeiros morcegos a deixar a colônia visavam os frutos ricos em açúcar, enquanto os que partiam mais tarde procuravam proteínas, mostrando um conhecimento preciso dos recursos disponíveis e uma estratégia de alimentação sofisticada.

Este estudo destaca a complexidade cognitiva dos morcegos frugívoros e questiona a fronteira entre as capacidades humanas e animais, sugerindo que as competências cognitivas humanas podem também estar presentes nos animais, embora em diferentes graus.
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