💥 Este novo átomo superpesado desafia a estabilidade nuclear

Publicado por Adrien,
Fonte: Physical Review Letters
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Pesquisadores acabaram de criar um novo isótopo superpesado do seabórgio, chamado seabórgio-257. Esse tipo de átomo, instável, não existe naturalmente na Terra.


O seabórgio-257 vive 12,6 milissegundos, ou seja, um pouco mais de um centésimo de segundo. Ele desaparece liberando partículas e se dividindo em dois, um fenômeno chamado fissão. No entanto, ele apresenta uma propriedade rara: um estado especial, chamado K-isômero, que lhe permite resistir um pouco mais à fissão do que o previsto.

Esta descoberta foi possível graças a um equipamento muito avançado na Alemanha, chamado TASCA. Ele permite criar esses átomos raros colidindo núcleos de átomos em velocidades muito altas.

Isso questiona algumas ideias sobre os limites da estabilidade de átomos muito pesados. Alguns, como o seabórgio-256, podem ser ainda mais instáveis do que se pensava, com uma vida útil de menos de um nanossegundo (um bilionésimo de segundo).

Para estudá-los, é necessário usar detectores extremamente rápidos, capazes de captar o que acontece quase instantaneamente após sua criação.


Modelo simplificado do átomo de seabórgio.
Crédito: Ahazard.sciencewriter/Wikimedia Commons


O que é um átomo superpesado?


Um átomo superpesado é um átomo com muitos prótons e nêutrons em seu núcleo, muito mais do que os átomos naturais como o urânio. Esses átomos duram muito pouco tempo antes de se desintegrarem.

Produzi-los em laboratório permite explorar os limites da matéria, testar as teorias dos físicos e entender melhor a estrutura nuclear, relacionada ao núcleo atômico.

Graças a efeitos quânticos, alguns desses átomos podem durar um pouco mais do que o previsto. Foi isso que se observou com o seabórgio-257. Isso significa que alguns átomos muito pesados podem ser mais estáveis do que outros, dependendo de sua forma ou energia interna.

Entender esses efeitos pode um dia permitir a criação de elementos ainda mais pesados, com possíveis aplicações em ciência ou tecnologia. E, principalmente, isso nos ajuda a entender melhor como o Universo produz elementos pesados nas estrelas.
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