Algumas estrelas têm um fim de vida muito diferente do que se pensava. Astrônomos observaram pela primeira vez os vestÃgios de uma estrela que explodiu duas vezes.
Esta descoberta questiona as teorias atuais sobre as supernovas. Os pesquisadores usaram o Very Large Telescope para estudar os restos da explosão, localizados a 60.000 anos-luz. As estruturas observadas sugerem uma sequência de eventos inesperada.
As anãs brancas, resÃduos de estrelas semelhantes ao Sol, estão no centro deste estudo. Sua explosão, conhecida como supernova do tipo Ia, serve como referência para medir distâncias cósmicas. Esta nova observação pode modificar nossa compreensão desses fenômenos.
A equipe identificou padrões nos detritos da supernova SNR 0509-67.5 que indicam uma explosão dupla. Esta descoberta sugere que algumas anãs brancas podem explodir sem atingir a massa crÃtica normalmente necessária, chamada limite de Chandrasekhar.
Estes objetos são extremamente densos, com uma massa comparável à do Sol em um volume similar ao da Terra. Eles esfriam lentamente ao longo de bilhões de anos, tornando-se eventualmente anãs negras, embora o Universo ainda não seja velho o suficiente para que isso já tenha ocorrido.
As anãs brancas desempenham um papel crucial na astronomia, especialmente como precursoras de algumas supernovas. Seu estudo permite entender melhor a evolução estelar e a dinâmica dos sistemas binários.
Como se medem distâncias cósmicas com supernovas?
As supernovas do tipo Ia são frequentemente chamadas de 'velas padrão' em astronomia. Esta denominação vem de sua luminosidade intrÃnseca conhecida, que permite aos cientistas calcular sua distância em relação à Terra medindo seu brilho aparente.
Estas explosões são tão brilhantes que podem ser observadas a distâncias consideráveis, oferecendo uma ferramenta valiosa para mapear o Universo. Sua uniformidade as torna marcos confiáveis para estudar a expansão do Universo e a natureza da energia escura.