Estrelas fumegantes antigas: descoberta de estrelas com comportamento nunca antes observado

Publicado por Adrien,
Fonte: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
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No coração da Via Láctea, uma descoberta astronômica recente intriga os cientistas: estrelas apelidadas de "fumegantes antigas" por seu comportamento enigmático. A existência desses astros era inesperada, e eles oferecem um espetáculo cósmico nunca antes observado em gigantes vermelhas.


As "fumegantes antigas" distinguem-se pela sua capacidade de permanecer quase invisíveis, antes de liberarem subitamente uma "nuvem de fumaça". Este fenômeno, observado por uma equipe internacional de astrônomos, não tinha como objetivo inicial a pesquisa dessas estrelas. Na verdade, durante um estudo de dez anos que abrangeu centenas de milhões de estrelas pelo céu com o telescópio VISTA nos Andes chilenos, os pesquisadores visavam identificar estrelas nascentes, ou protoestrelas, conhecidas por suas erupções frequentes e exuberantes.

Entre suas descobertas, que incluíam 32 protoestrelas, uma surpresa aguardava os astrônomos: a presença, no centro da Via Láctea, dessas estrelas "fumegantes antigas". Localizadas no Disco Estelar Nuclear, uma região densa e rica em metais de nossa galáxia, essas estrelas apresentam um comportamento estranho: após um longo período de inatividade, elas escurecem bruscamente, tornando-se às vezes tão tênues que até a visão infravermelha do telescópio tem dificuldade em detectá-las. Então, sem aviso prévio, elas recuperam seu brilho inicial.

A explicação por trás desses "sopros" de fumaça que temporariamente ocultam as estrelas de nossa visão permanece um mistério. Os cientistas especulam que a riqueza em elementos pesados dessa região pode favorecer a formação de poeira ao redor das estrelas, poeira que seria posteriormente expelida por razões ainda desconhecidas. Se essa teoria se confirmar, o processo poderia ter uma importância considerável na dispersão dos elementos pesados através da galáxia, e além.


Embora os pesquisadores tenham identificado pelo menos 21 dessas "fumegantes antigas", eles suspeitam que existam muitas mais, escondidas nas profundezas do espaço. Este fenômeno, ainda em estudo, promete revelar novos segredos sobre o fim da vida das estrelas e a composição química de nossa galáxia. Os resultados desta pesquisa foram publicados no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
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