A junk food consumida na adolescência tem impactos irreversíveis na memória

Publicado por Cédric,
Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Brain, Behavior, and Immunity
Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
O consumo excessivo de fast-food não é apenas um problema de saúde pública, mas também uma ameaça às nossas capacidades cognitivas, segundo um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia do Sul. Esta pesquisa destaca os efeitos devastadores de uma dieta rica em gorduras e açúcares na memória, especialmente em adolescentes.

O estudo, conduzido em ratos, revelou que os jovens roedores alimentados com uma dieta desequilibrada apresentaram distúrbios persistentes de memória. Mesmo depois de serem transferidos para uma dieta saudável, esses ratos não mostraram nenhuma melhoria em suas capacidades cognitivas, ao contrário do grupo de controle que manteve uma dieta equilibrada desde o início.


Uma análise post-mortem dos cérebros dos ratos revelou alterações significativas na produção de acetilcolina, um neurotransmissor essencial para a memória. Esses resultados demonstram que os danos causados pela junk food no cérebro dos adolescentes podem ser irreversíveis.

As implicações para os humanos são alarmantes. Os pesquisadores estimam que um consumo excessivo de fast-food entre os 10 e 24 anos pode prejudicar permanentemente o desenvolvimento cerebral. Eles enfatizam a necessidade de conduzir estudos mais aprofundados em seres humanos para compreender completamente esses efeitos nocivos e encontrar formas de contrariá-los.

Scott Kanoski, professor de ciências biológicas na Universidade da Califórnia do Sul, alerta para as consequências de longo prazo de uma dieta não saudável durante a adolescência. Ele insiste que algumas alterações cerebrais podem ser menos reversíveis quando ocorrem em uma idade jovem.

Apesar dessas perspectivas sombrias, é importante ressaltar que medicamentos que induzem a liberação de acetilcolina mostraram resultados promissores para reverter os danos à memória em ratos. No entanto, esses tratamentos requerem administração direta no hipocampo, a região do cérebro responsável pela memória.
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