A NOAA americana (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica) emitiu um alerta sobre uma tempestade solar com ejeção de massa coronal dirigida para a Terra. Este evento deverá gerar auroras boreais visíveis já a partir desta segunda-feira à noite na Europa e na América do Norte, consequência do ciclo solar 25 aproximando-se de seu máximo.
A região do Sol #3697 está particularmente ativa em erupções solares. Essas erupções liberam partículas carregadas que, ao interagir com o campo magnético terrestre, produzem as auroras boreais. Bryan Brasher da NOAA prevê observações possíveis até o Canadá e em alguns estados americanos. O mesmo acontece para a Europa.
Para otimizar as chances de observação, aconselha-se estar em um local afastado de luzes artificiais, olhar para o norte entre 22h e 2h da manhã, período durante o qual as auroras alcançam seu auge. Condições meteorológicas favoráveis são essenciais para uma boa visibilidade.
A última grande tempestade geomagnética de maio passado já havia proporcionado uma vista espetacular das auroras. Com a continuação do ciclo solar 25, fenômenos semelhantes são esperados até julho de 2025, o que destaca a importância de monitorar a meteorologia espacial.
O interesse pelas auroras boreais explodiu recentemente, as pesquisas sobre este fenômeno atingindo níveis recordes em maio.
Ejeção de massa coronal (EMC)
A ejeção de massa coronal (EMC) é um fenômeno solar onde o Sol projeta uma grande quantidade de plasma no espaço. Essas ejeções provêm da coroa solar, a camada externa da atmosfera do Sol. Quando uma EMC está direcionada para a Terra, pode interagir com o campo magnético terrestre, provocando tempestades geomagnéticas.
Essas tempestades podem ter variados efeitos, perturbando comunicações via satélite, sistemas GPS e até mesmo redes elétricas. Elas também são responsáveis pela formação das auroras boreais e austrais, fenômenos luminosos espetaculares geralmente observáveis em latitudes elevadas e, excepcionalmente, em latitudes médias.
As EMCs são frequentemente associadas às manchas solares, regiões mais escuras e mais frias da superfície do Sol onde se concentram fortes campos magnéticos. Quando uma mancha solar libera energia acumulada na forma de erupção solar, isso pode levar a uma ejeção de massa coronal. Esses eventos são mais frequentes durante o máximo solar, o período de pico do ciclo solar de 11 anos.