Para a luz, o tempo não existe 🌟

Publicado por Adrien,

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Como é que a luz consegue percorrer bilhões de anos-luz sem nunca diminuir a velocidade? Eis uma questão que parece desafiar o nosso bom senso. Para compreender, é preciso mergulhar nas propriedades surpreendentes da luz.



Uma viagem sem fim no espaço?


A luz é uma onda eletromagnética... e não tem massa. É justamente essa ausência de massa que lhe permite viajar à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo sem nunca diminuir, desde que permaneça no vácuo. Assim, ela escapa de todas as formas de atrito e gravidade que normalmente retardam os objetos materiais.

Na imensidão do espaço, o vácuo é quase perfeito. Quase nada perturba a luz. Resultado: ela atravessa o Universo nas maiores distâncias, intacta. Mas atenção: quando encontra matéria, como a atmosfera da Terra ou uma nuvem de gás interestelar, pode ser absorvida ou difundida.

Graças a essa capacidade, os astrônomos podem observar galáxias distantes e, de certa forma, voltar no tempo, captando uma luz emitida há bilhões de anos. Eles veem, portanto, o passado do Universo.

A relatividade: quando o tempo se estica... e para


E se adicionarmos um toque de relatividade? Segundo Einstein, o tempo não é fixo, mas depende da velocidade e da gravidade. É a dilatação do tempo.

Um objeto que viaja em alta velocidade ou que está próximo de um campo gravitacional intenso verá o seu tempo passar mais devagar do que um objeto em repouso ou distante dessa gravidade. Por exemplo, os relógios dos satélites GPS precisam ser ajustados para compensar essa diferença.

Para um fóton (a partícula de luz), é ainda mais contraintuitivo: ao viajar à velocidade da luz, o tempo para completamente do seu ponto de vista.

Em outras palavras, a sua viagem de um ponto a outro do Universo parece instantânea. A sua "vida" se resume ao seu nascimento (a emissão) e imediatamente à sua morte (a absorção), mesmo que o local de nascimento e o local de morte estejam separados por bilhões de anos-luz. Para nós, ele terá levado bilhões de anos para percorrer essa distância. Para o fóton, é instantâneo.

Essas noções, por mais desconcertantes que sejam, são cruciais para compreender o nosso Universo... e as nossas tecnologias modernas, como o GPS.
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