Um novo objeto celeste está prestes a se unir à Terra. Este asteroide, chamado 2024 PT5, orbitará ao nosso redor, mas por pouco tempo.
Invisível a olho nu, esta mini-lua será, no entanto, bem real, captando a atenção dos astrônomos a partir do fim de setembro.
Descoberto em agosto passado pelo sistema ATLAS, o 2024 PT5 é um asteroide com apenas 10 metros de diâmetro. Segundo os pesquisadores da Universidade Complutense de Madrid, ele ficará temporariamente preso pela gravidade terrestre de 29 de setembro a 25 de novembro. Durante esse período, ele completará uma única órbita completa antes de se afastar definitivamente.
Apesar de seu tamanho modesto, este asteroide intriga a comunidade científica. Embora os amadores de astronomia não consigam observá-lo sem equipamentos altamente especializados, sua passagem é uma rara oportunidade para estudar um fenômeno excepcional. Esta é apenas a quarta vez que a Terra recebe uma mini-lua em um século.
Eventos semelhantes anteriores incluem uma mini-lua em 2006, que permaneceu em órbita por quase um ano, e outra mais recente, em 2020. Objetos espaciais como o 2024 PT5 são às vezes capturados pela gravidade terrestre, mas muitas vezes escapam antes de completar uma revolução completa.
De acordo com os pesquisadores, este asteroide pode ter origem no grupo de asteroides Arjuna, cujas órbitas são próximas à da Terra. Em 2022, outro objeto semelhante, 2022 NX1, também foi brevemente uma mini-lua. Esse tipo de asteroide, embora raro, não é uma novidade.
Para aqueles que esperam ver o 2024 PT5, não devem desanimar muito rápido. Ele voltará a se aproximar da Terra em 9 de janeiro de 2025, antes de seguir rumo aos confins do espaço. Após essa data, seu retorno só é esperado em 2055.
O que é uma mini-lua?
Uma mini-lua é um pequeno objeto celeste temporariamente capturado pela gravidade da Terra. Diferentemente da Lua, ela permanece em órbita por apenas alguns meses. Esses asteroides podem ser de pequeno porte, geralmente com alguns metros de diâmetro, e são difíceis de observar.
As mini-luas seguem trajetórias complexas. Elas geralmente provêm de regiões próximas à Terra, como o cinturão de asteroides Arjuna. Apesar de serem capturadas pela gravidade da Terra, elas acabam escapando, às vezes após completarem uma ou duas órbitas ao redor do nosso planeta.
Mini-luas são raras. Suas passagens oferecem aos astrônomos oportunidades únicas de estudar pequenos objetos próximos à Terra. Sua observação contribui para uma melhor compreensão das interações gravitacionais entre a Terra e os objetos espaciais.
Qual é a diferença entre uma quase-lua e uma mini-lua?
Quase-luas e mini-luas são dois tipos de objetos celestes que interagem com a Terra, mas seus comportamentos são distintos.
Uma
quase-lua (ou quase-satélite) segue uma trajetória semelhante à da Terra ao redor do Sol. Ela não orbita a Terra, mas seu movimento faz com que pareça acompanhá-la por anos, ou até milênios. Um exemplo é o asteroide 2023 FW13, que acompanha a Terra há milênios. Quase-luas nunca são capturadas pela gravidade terrestre.
Uma
mini-lua, por outro lado, é temporariamente capturada pela gravidade da Terra. Ela realmente orbita a Terra, mas por um período muito curto, geralmente de alguns meses a um ano, antes de escapar. Ao contrário das quase-luas, essas mini-luas completam uma ou duas voltas ao redor do planeta, como o asteroide 2024 PT5, que orbitará por dois meses antes de partir.
Em resumo, a principal diferença é que as quase-luas seguem uma trajetória semelhante à da Terra ao redor do Sol sem serem capturadas por sua gravidade, enquanto as mini-luas são temporariamente capturadas e orbitam brevemente ao redor da Terra.