A equipe internacional, liderada por Thomas Baycroft da Universidade de Birmingham, publicou seus resultados na Science Advances. Seu estudo destaca a importância desta descoberta para entender a diversidade dos sistemas planetários. As anãs marrons, menos luminosas que as estrelas, oferecem um ambiente incomum para a formação de planetas.
Esta descoberta sugere que os mecanismos de formação planetária podem resultar em configurações orbitais muito diversas. Os modelos teóricos deverão agora integrar esta possibilidade, o que pode levar a uma melhor compreensão da dinâmica dos sistemas múltiplos.
Por que as anãs marrons são especiais?
As anãs marrons ocupam uma posição intermediária entre os planetas gigantes gasosos e as estrelas. Muito massivas para serem planetas, elas não possuem massa suficiente para iniciar a fusão nuclear do hidrogênio, caracterÃstica das estrelas.
Sua baixa luminosidade e temperatura relativamente baixa as tornam objetos difÃceis de estudar. No entanto, elas desempenham um papel chave na compreensão da formação dos sistemas estelares e planetários.
A descoberta de um planeta em órbita polar em torno de um par de anãs marrons mostra que estes objetos podem abrigar planetas.