📏 Os ancestrais humanos tinham 'machos' muito maiores que as 'fêmeas'

Publicado por Adrien,
Fonte: American Journal of Biological Anthropology
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Os primeiros ancestrais humanos apresentavam diferenças marcantes de tamanho entre machos e fêmeas. Um estudo recente esclarece os comportamentos sociais desses hominídeos antigos.

A pesquisa conduzida por Adam D. Gordon, antropólogo da Universidade de Albany, revela que os machos de Australopithecus afarensis e A. africanus eram significativamente maiores que as fêmeas. Essa disparidade sugere uma competição intensa entre machos pelo acesso a parceiras, uma característica observada em alguns primatas atuais.


Reconstrução aproximada de uma fêmea (à esquerda) e um macho (à direita) de Australopithecus afarensis no Museu de História Natural de Viena

O estudo, publicado no American Journal of Biological Anthropology, utiliza um método inovador para contornar as limitações dos fósseis incompletos. Ele compara esses antigos australopitecos a primatas modernos, revelando diferenças de tamanho entre os sexos mais pronunciadas do que nos humanos atuais, ou mesmo nos gorilas.

Os resultados indicam que essas espécies provavelmente viviam em sistemas sociais onde a competição entre machos era feroz. Essa dinâmica poderia explicar o tamanho imponente dos machos, enquanto as fêmeas, menores, talvez estivessem adaptadas a restrições metabólicas relacionadas à reprodução.

Essa descoberta questiona interpretações anteriores sobre o dimorfismo sexual nessas espécies. Também abre novas perspectivas sobre a diversidade de pressões evolutivas que moldaram nossos ancestrais, muito antes do surgimento do Homo sapiens.

O que é dimorfismo sexual?


O dimorfismo sexual refere-se às diferenças físicas entre machos e fêmeas de uma mesma espécie, além dos órgãos reprodutivos. Essas variações podem envolver tamanho, cor ou a presença de estruturas específicas como chifres ou penas.

Nos primatas, um dimorfismo acentuado está frequentemente ligado à competição entre machos pelo acesso às fêmeas. Machos maiores ou mais fortes geralmente têm vantagem nesses confrontos, o que pode influenciar a estrutura social do grupo.

No caso dos Australopitecos, a grande diferença de tamanho entre os sexos sugere uma sociedade onde alguns machos dominantes monopolizavam as fêmeas. Esse cenário contrasta com o dos humanos modernos, onde as diferenças de tamanho são menos pronunciadas e as estruturas sociais mais igualitárias.
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