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🩺 COVID-19: cientistas conseguem reativar nossas defesas naturais contra o vírus
Publicado por Adrien, Fonte: CNRS INSB Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Num estudo publicado no Journal of Virology, cientistas demonstram, in vitro, que ao reativar sistemas de defesa celular desviados para seu benefício pelo SARS-CoV-2, é possível obter uma resposta antiviral.
AMPK: um alvo para bloquear a replicação do SARS-CoV-2
Em nossas células, uma proteína chamada AMPK desempenha um papel de maestro energético. Quando ativada, ela freia as vias consumidoras de energia, como a síntese de lipídios e proteínas, e estimula mecanismos de reciclagem interna, notadamente a autofagia, um processo pelo qual a célula "limpa" seus resíduos para obter nutrientes.
Crédito: UCSF
Mas alguns vírus, como o SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, desviam esse sistema a seu favor. Eles bloqueiam a autofagia e acumulam gotículas lipídicas nas fábricas virais que permitem manter a replicação viral. Isso favorece fortemente sua multiplicação.
Num artigo publicado na revista Journal of Virology, cientistas exploraram uma pista promissora para bloquear esse desvio: ativar a AMPK para religar as defesas naturais da célula.
MK-8722: um candidato antiviral promissor contra as variantes do SARS-CoV-2
A molécula MK-8722 é um ativador específico da AMPK. Os cientistas mostraram, em laboratório, que a MK-8722 tem uma forte capacidade de bloquear eficazmente a infecção das variantes Alfa e Ômicron do SARS-CoV-2 nas células epiteliais modelo Vero76 e nas células epiteliais brônquicas humanas Calu-3 a uma concentração micromolar. Mesmo administrado 4 horas após a infecção, o tratamento com MK-8722 permanece eficaz.
A MK-8722 funciona reativando a autofagia, o que leva à destruição das proteínas virais recém-sintetizadas e à redução do metabolismo lipídico, facilitando a eliminação do vírus. Além disso, o tratamento aumenta a resposta ao interferon do tipo I (IFN-I), uma molécula chave da luta antiviral mediada pelo nosso sistema imunológico. Por fim, esse tratamento com MK-8722 não diminui e até aumenta levemente a resposta dos linfócitos T CD8+ específicos do SARS-CoV-2, células imunológicas induzidas pela vacinação.
Ao ativar a AMPK, a MK-8722 atua como um antiviral eficaz contra a infecção pelo SARS-CoV-2, mesmo após a exposição, abrindo caminho para ensaios pré-clínicos visando inibir a replicação viral e melhorar os sintomas dos pacientes.