Um objeto desconhecido está se dirigindo para o nosso Sistema Solar em uma velocidade impressionante. Os astrônomos acreditam que pode ser um visitante interestelar, o terceiro já observado.
Detectado pela primeira vez no final de junho pelo sistema ATLAS, este objeto chamado A11pl3Z intriga a comunidade científica. Sua trajetória e velocidade sugerem uma origem além do nosso Sistema Solar, tornando-o um assunto fascinante para os pesquisadores.
O objeto A11pl3Z, potencialmente interestelar, está se aproximando do Sol em uma velocidade fulminante. Crédito: David Rankin/Catalina Sky Survey
Com um tamanho estimado em 20 quilômetros, A11pl3Z pode ser um asteroide ou um cometa. Sua velocidade de 245.000 km/h e sua trajetória o tornam um candidato ideal para estudar objetos vindos de outros sistemas estelares. As observações continuam para confirmar sua origem.
Os visitantes interestelares anteriores, como 'Oumuamua e o cometa Borisov, marcaram a história da astronomia. A11pl3Z pode se juntar a esta lista prestigiosa, oferecendo uma nova oportunidade para aprender mais sobre o espaço além do nosso Sistema Solar.
A maior aproximação do Sol está prevista para outubro, seguida por uma passagem próxima a Marte. Os cientistas esperam usar telescópios como o James Webb para estudar este objeto em detalhes, procurando especialmente por sinais de tecnologia extraterrestre. Uma pesquisa justificada, entre outras coisas, pela paixão midiática em torno da possível origem artificial levantada pela descoberta de 'Oumuamua.
A trajetória projetada de A11pl3Z através do Sistema Solar. Crédito: David Rankin/Catalina Sky Survey
A descoberta de A11pl3Z destaca a importância dos sistemas de monitoramento do céu como o ATLAS. Essas ferramentas permitem detectar objetos rápidos e distantes, abrindo uma janela para o Universo além do nosso vizinhança imediata.
O que é um objeto interestelar?
Um objeto interestelar é um corpo celeste que não vem do nosso Sistema Solar. Ao contrário de asteroides e cometas locais, esses viajantes cósmicos percorrem o espaço entre as estrelas.
Sua descoberta é relativamente recente, com 'Oumuamua em 2017 como o primeiro exemplo confirmado. Esses objetos oferecem uma oportunidade única de estudar a matéria proveniente de outros sistemas estelares.
Sua velocidade e trajetória são os principais indicadores de sua origem interestelar. Ao contrário dos objetos do Sistema Solar, eles não estão ligados gravitacionalmente ao Sol.
O estudo desses visitantes permite que os cientistas entendam melhor a diversidade de materiais e processos em nossa galáxia.
Como os astrônomos rastreiam esses objetos?
A detecção de objetos interestelares depende de telescópios automatizados que escaneiam o céu constantemente. Esses sistemas, como o ATLAS, são capazes de detectar movimentos incomuns.
Uma vez detectado, o objeto é acompanhado por vários observatórios para confirmar sua trajetória. Cálculos precisos permitem determinar se ele vem de fora do Sistema Solar.
Os avanços tecnológicos, como o telescópio Vera C. Rubin, melhoram nossas chances de detectar esses objetos raros. Essas ferramentas também permitem estudar suas propriedades físicas em detalhes.