Uma mutação na bactéria E. coli a torna mortal para o homem

Publicado por Redbran,
Fonte: Nature Communications
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A capacidade de algumas bactérias causarem doenças graves pode estar relacionada a uma simples mutação genética, uma descoberta que abre caminhos contra a resistência aos antibióticos.

Pesquisadores australianos da Universidade de Queensland e da Mater Research destacaram um fenômeno envolvendo a bactéria E. coli. Diferentemente de suas contrapartes inofensivas, certas cepas de E. coli adquirem uma mutação que as impede de produzir celulose, tornando-as assim capazes de desencadear infecções sérias e até letais em humanos. Essa descoberta, liderada pelo professor Mark Schembri, Dr. Nhu Nguyen, e pelo Associate Professor Sumaira Hasnain, poderia impactar a luta contra a resistência aos antibióticos, um desafio importante para a saúde pública.


Uma equipe de pesquisadores australianos descobriu uma mutação em E. coli que impede a produção de celulose, oferecendo novas perspectivas na luta contra bactérias resistentes aos antibióticos.
Imagem de ilustração Pixabay

A mutação afeta o mecanismo de produção de celulose, um carboidrato presente tanto em plantas e algas quanto em bactérias benéficas para o organismo. As bactérias E. coli mutantes, ao serem privadas dessa capacidade, tornam-se mais virulentas, favorecendo sua propagação em órgãos vitais como o fígado, o baço ou até mesmo o cérebro. Essa ausência de produção de celulose também causa uma inflamação aumentada no intestino, permitindo que as bactérias atravessem a barreira intestinal e se espalhem por todo o organismo.

As implicações dessa descoberta são amplas. Elas oferecem um entendimento melhor dos mecanismos pelos quais certas cepas de E. coli causam infecções graves, como septicemia, meningite neonatal e infecções urinárias. Além disso, abrem caminho para novas estratégias de prevenção de infecções, essenciais no momento em que a ameaça de super-bactérias resistentes a todos os antibióticos disponíveis está crescendo.

A importância deste trabalho é indiscutível, especialmente considerando que E. coli está entre os patógenos mais envolvidos na resistência aos antibióticos. Em 2019, essa resistência foi associada a quase 5 milhões de mortes em todo o mundo, das quais mais de 800 mil foram atribuídas apenas a E. coli. Através deste estudo, publicado em Nature Communications, a equipe australiana contribui significativamente para a luta contra uma das maiores ameaças à saúde global.
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