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Uma nuvem gigante de 160 mil sóis descoberta na nossa Via Láctea 🔭
Publicado por Adrien, Fonte:arXiv Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Uma nuvem molecular gigante acaba de ser descoberta na Via Láctea. Esta estrutura, localizada a 23 mil anos-luz, tem uma massa equivalente a 160 mil vezes a do nosso Sol.
Graças ao radiotelescópio Green Bank, uma equipe de astrônomos identificou esta nuvem batizada de M4.7-0.8. Ela está situada no meio de uma via poeirenta da barra galáctica, uma região-chave para o transporte de matéria em direção ao centro da nossa galáxia. As observações foram publicadas no arXiv.
Nuvens moleculares gigantes como a M4.7-0.8 são berçários de estrelas. O seu estudo permite compreender como as galáxias se formam e evoluem. Esta nuvem estende-se por quase 200 anos-luz e apresenta uma temperatura de poeira muito baixa, em torno de 20 K.
Duas estruturas principais foram distinguidas na M4.7-0.8: o 'Nexus' e o 'Filamento'. O Nexus corresponde à zona de emissão de monóxido de carbono mais brilhante, enquanto o Filamento apresenta uma morfologia alongada. Estas características sugerem processos dinâmicos.
Os investigadores também identificaram duas zonas potenciais de formação de estrelas, denominadas Knot B e Knot E. A zona Knot E, em particular, apresenta uma estrutura cometária que intriga os cientistas. Pode ser um glóbulo de gás em evaporação, mas são necessários estudos adicionais.
Uma estrutura em forma de concha também foi observada na M4.7-0.8. Ela apresenta uma borda brilhante em emissão de amônia e uma cavidade central. Esta descoberta abre novas perspectivas sobre os mecanismos de formação estelar.
Intensidade integrada, velocidade central e dispersão de velocidade para a transição NH3 (3,3) na nuvem M4.7-0.8. Crédito: arXiv (2025). DOI: 10.48550/arxiv.2503.14174
Este estudo destaca a importância das nuvens moleculares gigantes na evolução galáctica. A M4.7-0.8, com suas características únicas, oferece uma oportunidade rara de estudar esses processos em detalhe. As próximas observações podem revelar mais informações sobre a formação das estrelas.
O que é uma nuvem molecular gigante?
As nuvens moleculares gigantes (GMC) são as maiores estruturas de gás e poeira nas galáxias. Elas são compostas principalmente de hidrogênio molecular e podem atingir massas superiores a 100 mil vezes a do Sol.
Estas nuvens são os locais privilegiados para a formação de estrelas. A sua densidade e baixa temperatura permitem que os átomos se agreguem para formar moléculas e, posteriormente, estrelas.
As GMC desempenham um papel fundamental na evolução das galáxias. Ao estudar a sua distribuição e propriedades, os astrônomos podem compreender melhor como as estrelas e as galáxias se formam e evoluem.
Como os astrônomos estudam estas nuvens?
Os astrônomos utilizam radiotelescópios para observar as nuvens moleculares. Estes instrumentos detectam as ondas de rádio emitidas pelas moléculas de gás, como o monóxido de carbono ou a amônia.
Ao analisar estas emissões, os cientistas podem determinar o tamanho, a massa e a temperatura das nuvens. Também podem mapear a sua estrutura e identificar zonas de formação estelar.
As observações em múltiplos comprimentos de onda são essenciais para estudar estas nuvens. Elas permitem combinar dados de diferentes instrumentos para obter uma imagem mais completa destas estruturas.