O teste Shield, desenvolvido pela Guardant Health, foi aprovado pela FDA em julho de 2024. Ele detecta fragmentos de DNA liberados no sangue por células cancerosas ou pré-cancerosas. Esse teste representa um avanço significativo na detecção do câncer, oferecendo uma alternativa menos invasiva aos métodos tradicionais.
Apesar de suas vantagens, o Shield não substitui os métodos tradicionais de detecção, como a colonoscopia, que continua sendo mais precisa. No entanto, ele pode aumentar o número de pessoas examinadas, especialmente aquelas que evitam métodos invasivos. O teste é recomendado a cada três anos, mas estudos estão em andamento para avaliar sua eficácia em intervalos mais curtos.
O câncer de pâncreas também pode se beneficiar de exames de sangue semelhantes. Uma equipe liderada por Ajay Goel desenvolveu um teste que detecta moléculas específicas do câncer, os microRNAs, com uma taxa de detecção impressionante para estágios iniciais. Esse teste, combinado com a detecção da proteína CA-19, pode revolucionar a detecção desse câncer, frequentemente diagnosticado tardiamente.
Os testes de detecção de múltiplos cânceres (MCD) representam outro avanço promissor. Eles visam detectar vários tipos de câncer simultaneamente, oferecendo uma abordagem menos invasiva. No entanto, esses testes ainda estão em desenvolvimento e sua eficácia precisa ser comprovada. Especialistas destacam a importância de continuar as pesquisas para otimizar seu uso e reduzir os falsos positivos.
John Gormly fez um exame de sangue e descobriu que provavelmente tinha câncer de cólon. Após exames de diagnóstico complementares e uma cirurgia relativamente simples para remover o câncer, ele agora está em remissão.
Crédito: Guardant Health
Quatro anos após seu diagnóstico, John Gormly está em remissão. Sua experiência destaca a importância da detecção precoce e a esperança que esses novos exames de sangue oferecem na luta contra o câncer.
Como funciona o teste Shield para o câncer de cólon?
O teste Shield detecta fragmentos de DNA liberados no sangue por células cancerosas ou pré-cancerosas do cólon. Esses fragmentos, assim como modificações químicas específicas no DNA, permitem identificar a presença de câncer em estágio inicial.
Esse teste é particularmente útil para pessoas que evitam métodos tradicionais de detecção, como a colonoscopia, devido ao seu caráter invasivo. O Shield oferece uma alternativa menos incômoda, embora não substitua completamente os métodos existentes.
A eficácia do Shield foi demonstrada em um estudo publicado na The New England Journal of Medicine, onde detectou 83% dos casos de câncer de cólon confirmados por colonoscopia. No entanto, sua taxa de falsos positivos de 10% significa que pode exigir exames complementares para confirmar um diagnóstico.
Qual é o impacto dos exames de sangue na detecção do câncer de pâncreas?
O câncer de pâncreas é frequentemente diagnosticado em estágio avançado, o que reduz consideravelmente as chances de sobrevivência. Os exames de sangue desenvolvidos por pesquisadores como Ajay Goel visam mudar isso, detectando moléculas específicas, os microRNAs, associadas ao câncer de pâncreas.
Esses testes, combinados com a detecção da proteína CA-19, mostraram capacidade de identificar até 97% dos casos de câncer de pâncreas em estágio inicial. Isso representa um avanço significativo na luta contra essa doença mortal.
O objetivo é tornar esses testes acessíveis durante exames físicos anuais, oferecendo um método de detecção simples e eficaz. Para pessoas de alto risco, exames mais frequentes podem ser recomendados, aumentando as chances de detecção precoce e tratamento bem-sucedido.