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🌊 Uma vida inesperada descoberta no fundo da fossa das Marianas
Publicado por Adrien, Fonte:Nature Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
As profundezas abissais da fossa das Marianas ainda reservam muitas surpresas. Uma expedição chinesa descobriu ali uma vida inesperada, em condições extremas.
A equipe de cientistas realizou 23 mergulhos com o submersível 'Fendouzhe', revelando colônias de vermes marinhos e moluscos em profundidades recordes. Essas criaturas prosperam em um ambiente sem luz, graças a um processo chamado quimiossíntese, metabolizando produtos químicos como metano ou seus subprodutos.
Mergulho hadal com o submersível tripulado Fendouzhe. Esta ilustração representa esses ecossistemas notáveis, formando um 'rio' de comunidades quimiossintéticas no fundo da fossa hadal. Crédito: Institute of Deep-sea Science and Engineering, CAS (IDSSE, CAS)
As observações incluem vermes tubícolas que atingem 30 centímetros e aglomerados de bivalves, formando ecossistemas. Essas descobertas sugerem uma biodiversidade mais rica do que o esperado nas zonas hadais, as mais profundas dos oceanos. A presença de metano produzido por micróbios também foi confirmada, atraindo colônias de vermes ao redor de tapetes microbianos.
Esses resultados, publicados na Nature, questionam nosso conhecimento sobre os limites da vida e os ecossistemas marinhos profundos.
Comunidades baseadas na quimiossíntese hadal. Crédito: Institute of Deep-sea Science and Engineering, CAS (IDSSE, CAS)
Como a vida sobrevive nas profundezas abissais?
A vida nos abissos depende da quimiossíntese, um processo em que os organismos convertem compostos químicos em energia, sem necessidade de luz solar. Essa adaptação permite sobreviver em ambientes extremos.
Os micróbios desempenham um papel central ao decompor substâncias químicas para produzir energia. Esses micro-organismos formam a base da cadeia alimentar nesses ecossistemas.
Os vermes tubícolas e outras criaturas das profundezas dependem diretamente desses micróbios. Eles frequentemente vivem em simbiose com eles, em uma interação entre diferentes formas de vida.
Essa descoberta amplia nossa compreensão da vida na Terra, mostrando que ela pode prosperar em condições anteriormente consideradas inabitáveis, e também aponta caminhos para a pesquisa de uma possível vida extraterrestre.
A fossa das Marianas, o ponto mais profundo dos oceanos, é um laboratório natural para estudar os limites da vida. Os ecossistemas das fossas oceânicas podem ser mais difundidos do que pensávamos. Isso mostra uma interconectividade dos habitats marinhos profundos que ainda precisa ser explorada.