O projeto Draisy busca reativar as linhas ferroviárias pouco frequentadas. A SNCF prevê uma solução de transporte adaptada, que alia modernidade e ecologia. Os detalhes do projeto revelam uma iniciativa ambiciosa.
Na França, a rede ferroviária experimentou um crescimento considerável, mas muitas linhas foram abandonadas ao longo do tempo. Atualmente, cerca de 9.000 linhas rurais não estão sendo operadas. Draisy visa utilizar essas vias abandonadas para oferecer um serviço de transporte eficiente e sustentável.
A novidade reside no uso de um trem leve e autônomo, alimentado por bateria. Este trem de 20 toneladas foi concebido para atender percursos de até 100 quilômetros. Além disso, é capaz de transportar 80 passageiros, bem como bicicletas e microcargas, tudo isso sendo certificado com emissão zero.
O impacto desse projeto também pode resultar em uma diminuição do uso do carro. Facilitando o acesso ao transporte público, a SNCF espera incentivar os usuários a escolherem o trem para suas viagens diárias, principalmente para o local de trabalho.
DRAISY, o trem leve para desenvolver as pequenas linhas
Apesar das vantagens prometidas, a aceitação do projeto pelo público permanece a maior incógnita. O transporte ferroviário enfrenta críticas quanto à sua confiabilidade e custos. Será essencial tranquilizar os usuários sobre esses pontos.
Os primeiros testes do Draisy estão previstos para 2026, com início da operação comercial em 2028. As regiões do Grande Leste e da Occitânia já manifestaram interesse nesse projeto, que poderá melhorar significativamente a conectividade local.
O projeto conta com um apoio financeiro significativo, estimado em um bilhão de euros. Esse investimento deve permitir colocar várias linhas rurais de volta em operação. Isso pode oferecer uma solução viável para os usuários frequentemente negligenciados pelo atual sistema ferroviário.