Uma pesquisa recente destaca as consequências psicológicas e interpessoais prejudiciais do fenômeno de "dieta ioiô". Esse ciclo de perda e ganho de peso, firmemente enraizado na cultura da dieta rápida e dos planos alimentares da moda, revela efeitos muito mais nocivos do que uma simples flutuação de peso.
Imagem ilustrativa Pixabay
O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte, explorou as experiências de 36 adultos que viveram esse ciclo de variação de peso, perdendo e ganhando mais de 5 quilogramas. Longe de serem motivados por questões de saúde, esses indivíduos começaram dietas principalmente sob pressão social, influenciados pelos padrões de beleza veiculados por celebridades e seu círculo social.
As estratégias de perda de peso adotadas pelos participantes levaram a uma perda de peso inicial, seguida por um ganho inevitável. Esse ganho de peso frequentemente gerou neles um sentimento de vergonha e a internalização da estigmatização relacionada ao peso, exacerbando seu mal-estar. Muitos participantes relataram ter desenvolvido comportamentos alimentares desordenados, como a compulsão por lanches ou a restrição calórica severa, levando a uma obsessão por seu peso e desviando sua atenção de momentos preciosos em família ou com amigos.
Este círculo vicioso, descrito por alguns como um vício, mostra como é difícil se libertar desses padrões de pensamento tóxicos e das expectativas sociais. No entanto, aqueles que conseguiram se afastar desses comportamentos adotaram uma abordagem focada na saúde em vez do peso, privilegiando uma alimentação variada e o exercício físico pelo prazer.
Esta pesquisa destaca a importância de questionar a cultura da dieta e promover comportamentos alimentares saudáveis, livres das restrições de monitoramento e controle. Ela chama a atenção para uma conscientização coletiva sobre os perigos da dieta ioiô, incentivando a priorização do bem-estar e da saúde geral em detrimento dos padrões estéticos efêmeros.