Les bloqueurs de pubs mettent en péril la gratuité de ce site.
Autorisez les pubs sur Techno-Science.net pour nous soutenir.
▶ Poursuivre quand même la lecture ◀
Cientistas inventam cimento que absorve CO2 🌎
Publicado por Cédric, Autor do artigo: Cédric DEPOND Fonte:Northwestern Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Pesquisadores descobriram como transformar dióxido de carbono em materiais de construção sustentáveis. Esta inovação pode reduzir a pegada de carbono do setor enquanto produz hidrogênio limpo.
O concreto, material mais utilizado no mundo, é responsável por quase 8% das emissões globais de CO₂. Uma equipe da Universidade Northwestern propõe uma solução inédita: usar eletricidade e água do mar para fabricar substitutos de areia e brita capazes de capturar carbono de forma duradoura.
Os pesquisadores criaram materiais sólidos à base de CO2 que podem ser usados no concreto em substituição à areia e/ou brita. Eles também poderiam ser usados na fabricação de cimento, gesso e tinta, tantos acabamentos essenciais no ambiente construído.
Uma inspiração vinda dos oceanos
O processo se inspira na formação de conchas e recifes de coral. Aplicando uma corrente elétrica à água do mar enriquecida com CO₂, os cientistas provocam a formação de minerais sólidos como carbonato de cálcio.
Essas reações químicas reproduzem de forma acelerada um processo natural que leva milênios na geologia. Os pesquisadores podem ajustar a textura e densidade dos materiais obtidos modificando a intensidade da corrente ou o fluxo de CO₂ injetado.
Segundo os trabalhos publicados na Advanced Sustainable Systems, esses minerais sintéticos armazenam até metade de seu peso em CO₂. Sua composição, próxima ao calcário, os torna candidatos ideais para substituir areia no concreto.
Aplicações em larga escala
Em parceria com a Cemex, os cientistas demonstraram que esses materiais também podem servir de base para cimento, rebocos ou tintas. Sua produção gera paralelamente hidrogênio, uma energia limpa valorizável.
A abordagem evita a extração de areia, cuja demanda global ameaça ecossistemas marinhos e fluviais. Os reatores modulares poderiam ser instalados perto de cimenteiras costeiras para integração industrial.
Segundo cálculos da equipe, uma tonelada desse material armazenaria mais de 500 kg de CO₂. Ao contrário do armazenamento geológico, este método dá uma segunda vida ao carbono capturado na forma de produtos úteis para construção.
Para saber mais: Como funciona a mineralização do CO₂?
Este processo químico converte dióxido de carbono em minerais estáveis. Na água do mar, os íons de cálcio e magnésio reagem com o CO₂ dissolvido sob efeito de corrente elétrica.
A reação produz principalmente carbonato de cálcio, idêntico ao das conchas. Diferentemente de soluções líquidas de captura, esses sólidos não apresentam risco de vazamento.
Esta técnica difere da carbonatação tradicional do concreto, que captura apenas 5 a 10% do CO₂ emitido durante sua fabricação. Aqui, o material se torna um sumidouro de carbono antes mesmo de seu uso.