Com o Starship da SpaceX, esta enorme central solar orbital poderá surgir antes de 2030

O Starship da SpaceX poderá revolucionar a produção de energia solar espacial?

Uma inovação, destacada pela startup Virtus Solis durante a Conferência Internacional sobre Energia do Espaço em Londres, promete explorar a significativa redução dos custos de lançamento para produção de energia.


De acordo com John Bucknell, ex-engenheiro da SpaceX e fundador da Virtus Solis, o acesso econômico ao espaço é crucial para tornar viável a produção de energia solar espacial.

Atualmente, enviar um satélite para órbita custa menos de 3000 dólares por quilograma graças aos foguetes reutilizáveis da SpaceX. No entanto, para que a energia solar espacial se torne competitiva, seria necessário reduzir esse custo para menos de 200 dólares por quilograma. Com o Starship totalmente operacional, o custo poderia cair para apenas 10 dólares por quilograma.

A Virtus Solis planeja construir vastas redes fotovoltaicas, com envergadura de até 1 quilômetro, montadas em órbita por robôs. Estes módulos, com largura de 1,6 metros, seriam transportados por um Starship para uma órbita de Molniya, permitindo cobertura energética constante de uma região.


Nessa órbita altamente elíptica, um satélite completa uma volta em torno da Terra em 12 horas. Uma constelação de dois ou mais desses redes poderia fornecer uma "energia de base" constante a uma região, ou até ao mundo inteiro com 16 redes, transferindo a energia sob a forma de micro-ondas para imensas antenas receptoras terrestres.

Para 2027, a Virtus Solis planeja lançar um satélite demonstrativo que testará a montagem espacial de painéis solares e a transmissão de energia, com eficiências almejadas em torno de 20% para uso prático. Este projeto ambicioso poderia levar à instalação de uma central solar comercial de megawatt até 2030.