A depressão nos pais: um tabu a ser quebrado 😢

Publicado por Cédric,
Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Journal of Affective Disorders
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O nascimento de um filho é frequentemente visto como um momento de alegria, mas também pode ser uma fonte de sofrimento psicológico. Se a depressão pós-parto nas mães é amplamente documentada, a dos pais ainda permanece nas sombras. No entanto, cerca de 10% dos novos pais sofrem com isso, de acordo com um estudo recente.

Essa depressão, embora menos visível, se manifesta de maneira diferente nos homens. Longe dos clichês, ela revela sintomas específicos e questões sociais complexas. Como ela se traduz e quais são os meios de preveni-la?



Sintomas muitas vezes invisíveis


Ao contrário das mulheres, os pais com depressão pós-parto raramente expressam uma tristeza evidente. Eles mostram mais irritabilidade, distância emocional ou dificuldades em criar um vínculo com o bebê. Esses sinais, menos associados à depressão, podem passar despercebidos.

Alguns pais adotam comportamentos de evitação, como mergulhar excessivamente no trabalho ou consumir substâncias nocivas. Essas reações, muitas vezes mal compreendidas, agravam seu isolamento e dificultam a busca por ajuda.

As causas múltiplas desse sofrimento


Vários fatores aumentam o risco de depressão pós-parto nos pais. As mudanças hormonais, como uma queda na testosterona, desempenham um papel significativo. Essas alterações afetam o humor e o sono, tornando a transição para a paternidade mais difícil.

O estresse financeiro, a privação de sono e as tensões conjugais também são gatilhos frequentes. Além disso, as normas sociais relacionadas à masculinidade muitas vezes levam os homens a silenciar seu sofrimento, o que atrasa o tratamento.

A importância da licença-paternidade


Um estudo do Inserm revela que os pais que têm direito a duas semanas de licença-paternidade correm menos risco de desenvolver depressão pós-parto. Esse tempo passado com o filho favorece a criação de um vínculo precoce e reduz o sentimento de isolamento.

Os pesquisadores também destacam que o bem-estar mental antes do nascimento desempenha um papel protetor. Uma melhor preparação psicológica reduz em 10% o risco de depressão moderada a grave nos pais.

Rumo a um melhor atendimento


Sensibilizar para essa realidade é essencial para quebrar o tabu em torno da depressão pós-parto paterna. Os pais devem ser encorajados a expressar suas dificuldades e a buscar ajuda, seja junto a profissionais de saúde ou a estruturas dedicadas à parentalidade.

Por fim, uma melhor compreensão dos sintomas e dos fatores de risco permitiria melhorar o apoio às famílias. Uma parentalidade plena também passa pelo reconhecimento dos desafios psicológicos dos pais.
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