Descoberta de uma galáxia gigante improvável 🌀

Publicado por Adrien,
Fonte: Nature Astronomy
Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
O telescópio espacial James Webb (JWST) capturou recentemente imagens de uma galáxia gigante, apelidada de Roda Gigante, localizada a mais de 12 bilhões de anos-luz da Terra. Essa descoberta, publicada na Nature Astronomy, oferece uma visão única das primeiras etapas do Universo.


A Roda Gigante entre suas vizinhas.
Crédito: Weichen Wang et al. (2025), CC BY-NC-ND 4.0

A Roda Gigante é uma galáxia em disco que já existia nos primeiros dois bilhões de anos após o Big Bang. Seu tamanho e sua estrutura espiral bem definida desafiam as teorias atuais sobre a formação de galáxias.

As galáxias em disco, como nossa Via Láctea, são caracterizadas por uma estrutura plana e rotativa, composta por estrelas, gás e poeira. A descoberta da Roda Gigante, com seus braços espirais distintos, sugere que essas estruturas podem se formar e se manter muito mais cedo na história do Universo do que se pensava.

A Roda Gigante não apenas é imensa, mas também gira rapidamente, o que a coloca entre as galáxias mais massivas do Universo primitivo. Sua descoberta em uma região densamente povoada do espaço sugere que o ambiente desempenha um papel crucial no crescimento rápido das galáxias.

Essa galáxia gigante provavelmente se beneficiou de condições particulares, como fusões suaves com outras galáxias e um influxo de gás alinhado com sua rotação, permitindo que seu disco se expandisse sem ser perturbado.


A galáxia Roda Gigante no centro, com outra galáxia mais próxima no canto superior direito.
Crédito: JWST

A descoberta da Roda Gigante era altamente improvável, com menos de 2% de chances de acordo com os modelos atuais. Ela abre novas perspectivas para a compreensão da evolução das galáxias e mostra que o Universo primitivo era capaz de produzir estruturas massivas e complexas muito mais cedo do que se imaginava.

O que é uma galáxia em disco?


Uma galáxia em disco, como nossa Via Láctea, é uma estrutura cósmica plana e rotativa, composta principalmente de estrelas, gás e poeira. Essas galáxias frequentemente apresentam braços espirais que se estendem a partir de um núcleo central denso.

A rotação dessas galáxias é um elemento-chave de sua estrutura, influenciando a distribuição das estrelas e das nuvens de gás. As galáxias em disco estão entre as mais estudadas na astronomia, pois oferecem pistas sobre a formação e a evolução das estruturas cósmicas.

A descoberta da Roda Gigante, uma galáxia em disco massiva no Universo primitivo, sugere que essas estruturas podem se formar e se manter muito mais cedo do que os modelos atuais preveem.

Como as galáxias massivas se formam?


A formação de galáxias massivas é um processo que envolve a acreção de gás e a fusão com outras galáxias. Tradicionalmente, pensava-se que esses processos levavam bilhões de anos.

No entanto, a descoberta da Roda Gigante, uma galáxia massiva no Universo primitivo, desafia essa ideia. Essa galáxia atingiu um tamanho e uma massa impressionantes em apenas alguns bilhões de anos após o Big Bang.

As condições particulares de seu ambiente, como uma alta densidade de galáxias e fusões suaves, provavelmente desempenharam um papel crucial em seu crescimento rápido. Isso mostra que o Universo primitivo era capaz de produzir estruturas massivas e estruturadas muito mais cedo do que se esperava.
Página gerada em 0.086 segundo(s) - hospedado por Contabo
Sobre - Aviso Legal - Contato
Versão francesa | Versão inglesa | Versão alemã | Versão espanhola