O lítio, vital para baterias de veículos elétricos, está em alta demanda. Atualmente, sua extração é cara e consome muita energia, dependendo de técnicas poluentes e que demandam muitos recursos.
Vista aérea da Mina de caulim / Lítio de Beauvoir em Échassières.
Imagem Wikimedia
Tradicionalmente, o lítio é extraído de rochas por meio de evaporação de salmouras concentradas, um método de altos custos e impacto ecológico significativo. Esse procedimento exige condições climáticas específicas, além de grande consumo de água e energia. A equipe da Universidade de Stanford propõe uma alternativa inovadora com o processo de eletrodiálise acoplada a reações redox. Essa técnica utiliza eletricidade para mover o lítio através de uma membrana sólida, concentrando o metal em uma solução purificada.
Essa nova abordagem permite reduzir os custos em 40% em comparação com os métodos atuais e utilizar menos de 10% da energia necessária usualmente. Ao eliminar a necessidade de grandes tanques de evaporação solar, minimiza também a pegada ecológica. Além de seu desempenho energético, essa metodologia pode ser usada para extrair lítio de águas residuais da produção de petróleo, e potencialmente da água do mar, embora desafios ainda precisem ser enfrentados nesse ponto.
Os testes mostram que a técnica continua eficaz mesmo em larga escala, o que indica uma aplicação industrial viável. No entanto, alguns problemas de estabilidade da membrana quando se utiliza água do mar ainda precisam ser resolvidos. Os pesquisadores estão otimistas quanto ao futuro desta tecnologia. Ela pode reduzir consideravelmente os custos de produção do lítio e desempenhar um papel fundamental na transição energética global, tornando a extração mais sustentável.
O custo estimado da extração do lítio por esta nova metodologia é significativamente inferior ao das técnicas dominantes, com perspectivas de redução ainda maiores no futuro. Um avanço que pode redefinir a indústria do lítio e apoiar as metas globais de armazenamento de energia renovável.