Isso faz você envelhecer 20% mais rápido: por quê?

Publicado por Adrien,
Fonte: Nature Aging
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O excesso de nutrientes nas células pode ser um dos fatores-chave do envelhecimento prematuro. Um novo estudo de pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas (CNIO) revela que essa sobreabundância provoca inflamações e disfunções orgânicas, acelerando assim o processo de envelhecimento. Uma descoberta que abre caminho para potenciais intervenções terapêuticas.


As proteínas mTOR, reguladoras do metabolismo celular, desempenham um papel crucial. Um ligeiro aumento na sua atividade poderia reduzir a longevidade em 20% nos animais, segundo um estudo publicado na Nature Aging. Isto explica por que as doenças relacionadas à idade são exacerbadas em pessoas obesas e por que a restrição calórica pode prolongar a vida ao ativar certos genes.

Uma ferramenta inovadora para estudar a relação entre o aumento dos nutrientes e o envelhecimento dos órgãos foi introduzida. Alejo Efeyan, autor principal, destaca a importância dessa ferramenta para melhor entender esses mecanismos complexos.

Os pesquisadores manipularam a atividade mTOR em animais para simular um consumo alimentar excessivo. Embora a dieta deles não tenha mudado, os animais mostraram sinais de envelhecimento prematuro, com uma pele mais fina e órgãos danificados. As células imunológicas, tentando reparar os danos, desencadeiam uma inflamação que agrava os problemas, reduzindo a expectativa de vida.

A inibição dessa resposta imune inflamatória poderia melhorar a saúde dos órgãos e prolongar a vida de vários anos nos humanos. Ana Ortega-Molina menciona que direcionar a inflamação crônica poderia ser uma medida terapêutica potencial para controlar a deterioração da saúde.

O estudo revelou que a atividade dos lisossomos, essenciais para a reciclagem de resíduos celulares, diminui tanto em animais geneticamente modificados quanto naqueles que envelhecem naturalmente.

Os resultados obtidos em animais também foram observados em humanos. Para verificar essa correlação, pesquisadores da Universidade de Valência realizaram análises de sangue em pessoas jovens e septuagenárias. Ao comparar esses dois grupos, eles constataram uma diminuição na atividade dos lisossomos com a idade, confirmando assim que esse mecanismo é semelhante em animais e humanos. Isso reforça a ideia de que o aumento dos nutrientes e o envelhecimento afetam de maneira semelhante o funcionamento celular em diferentes espécies.

Essa ferramenta de pesquisa oferece perspectivas para explorar a ligação entre o aumento dos nutrientes e doenças neurodegenerativas, por exemplo. Poderá ser utilizada por outros pesquisadores para aprofundar a compreensão do envelhecimento.
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