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🟠 Qual é o papel desse labirinto em Marte?
Publicado por Adrien, Fonte:NASA Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
O rover Perseverance da NASA carrega um estranho labirinto em miniatura, fotografado várias vezes, o que chamou a atenção dos curiosos.
Esse padrão peculiar não é apenas uma fantasia artística. Trata-se de um alvo de calibração para o instrumento SHERLOC, projetado para detectar compostos orgânicos em Marte. O labirinto ajuda a calibrar com precisão os instrumentos científicos do rover.
O alvo de calibração SHERLOC no rover Perseverance da NASA. Crédito: NASA/JPL-Caltech
O SHERLOC utiliza técnicas espectroscópicas para analisar rochas marcianas. A calibração é essencial para garantir medições precisas. O labirinto, com suas linhas em cromo, permite ajustar o foco do laser e a posição do espelho scanner.
Os materiais escolhidos para o alvo de calibração têm propriedades específicas. Entre eles, um meteorito marciano conhecido ajuda a alinhar a calibração com a geologia real de Marte. Já o labirinto oferece um contraste espectral ideal para os testes.
No centro do labirinto, um retrato de Sherlock Holmes adiciona um toque humorístico. Esse detalhe também serve para testar a resolução dos mapas espectrais gerados pelo SHERLOC. A precisão alcançada permite distinguir detalhes de apenas 50 mícrons.
A parte inferior do alvo testa materiais. Essas amostras, expostas às condições marcianas, fornecem dados valiosos para futuras missões tripuladas. Sua análise também ajuda a refinar as capacidades do SHERLOC.
Um close do labirinto no alvo de calibração SHERLOC do rover Perseverance. Crédito: NASA/JPL-Caltech
O instrumento SHERLOC é acompanhado por uma câmera colorida chamada WATSON. Essa dupla, inspirada nos personagens de Conan Doyle, ilustra a criatividade dos cientistas.
Como o SHERLOC detecta sinais de vida antiga em Marte?
O SHERLOC utiliza espectroscopia Raman e luminescência para identificar moléculas orgânicas e minerais. Essas técnicas permitem distinguir compostos específicos sem contato direto com as amostras.
A espectroscopia Raman se baseia na interação entre a luz laser e as ligações químicas das moléculas. Cada molécula produz uma assinatura única, como uma impressão digital, permitindo sua identificação.
A luminescência, por sua vez, revela a presença de certos minerais e compostos orgânicos sob luz ultravioleta. Esses métodos combinados oferecem uma análise completa das amostras marcianas.
Um 'selfie' do rover Perseverance mostrando a localização do alvo de calibração SHERLOC. Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
Essa abordagem não destrutiva é ideal para preservar as amostras visando seu retorno à Terra. Assim, maximiza as chances de descobrir vestígios de vida antiga.
Por que usar um meteorito marciano para a calibração?
O meteorito SaU008, incluído no alvo de calibração, é uma amostra de referência valiosa. Sua composição mineral, bem documentada, permite calibrar o SHERLOC com grande precisão.
Esse meteorito vem de Marte, tornando-o um padrão ideal para comparar as medições feitas no local. Ele ajuda a ajustar os instrumentos às condições específicas do planeta vermelho.
O uso de materiais terrestres poderia introduzir vieses nas análises. O meteorito marciano garante uma calibração mais representativa do ambiente estudado.