A busca para desvendar os segredos do Sistema Solar continua levando os cientistas a novos objetos de estudo, especialmente os asteroides e outros corpos celestes que orbitam em torno do nosso Sol. A missão OSIRIS-REx da NASA fez uma descoberta notável no asteroide Bennu, com 4,5 bilhões de anos: a presença de água e carbono, elementos fundamentais para a vida na Terra.
Entre os objetos de interesse, estão as mini-luas (minimoons), esses pequenos asteroides temporariamente capturados pela gravidade da Terra, oferecendo uma janela única para o passado. Segundo Richard Binzel, professor de ciências planetárias, estes corpos celestes possuem uma história complexa de navegação pelo sistema solar interno, fazendo ricochetes cósmicos antes de serem atraídos para a órbita terrestre.
A missão OSIRIS-REx. Crédito: NASA/GSFC
Consideradas como candidatas ideais para explorar as origens do nosso Sistema Solar, essas mini-luas, devido à sua proximidade com a Terra, oferecem uma oportunidade menos custosa e mais rápida para missões de exploração e coleta de amostras. A teoria principal sugere que essas mini-luas vêm do cinturão de asteroides localizado entre Marte e Júpiter, o que as torna conservadoras perfeitas das condições primitivas do Sistema Solar.
A recuperação de amostras desses corpos é essencial para avançar em nosso entendimento do espaço. A agência espacial japonesa (JAXA), por exemplo, conseguiu obter amostras do asteroide Ryugu em 2019, revelando a presença de matéria orgânica pré-biótica e ácidos aminados, fornecendo pistas sobre os componentes cruciais para a vida.
Essas missões de retorno de amostras, como a de OSIRIS-REx, são cruciais para o estudo de materiais voláteis e orgânicos, que são frequentemente difíceis de analisar após terem atravessado a atmosfera terrestre.