Essa ideia não é nova, remonta aos planadores usados durante a Segunda Guerra Mundial para desplegar tropas e equipamentos perto das zonas de combate. No entanto, essas operações eram arriscadas, os planadores sendo frequentemente abandonados após seu pouso forçado. A Aerolane tem a ambição de modernizar esse conceito usando planadores autônomos capazes de pousar com segurança em pistas dedicadas, evitando assim os riscos relacionados com pousos improvisados.
Com essa abordagem, os custos seriam significativamente reduzidos, uma vez que os planadores seriam desprovidos de sistemas de propulsão, de combustível e de cabines de comando. Esses aviões não tripulados também poderiam aumentar consideravelmente a capacidade de carga útil, dobrando ou até triplicando aquela dos aviões de transporte tradicionais.
Os Aerocarts seriam rebocados pelos aviões tratores, permanecendo então presos a uma corda durante toda a fase de cruzeiro, explorando o rastro do avião líder para minimizar o arrasto e otimizar a sustentação. No entanto, desafios regulatórios permanecem, particularmente no que diz respeito às exigências de pouso em pistas convencionais, o que requer discussões com as autoridades de aviação.
Vídeo explicativo (em inglês)
Apesar desses obstáculos, a Aerolane avança com protótipos funcionais, equipados com pilotos automáticos e motores para os testes atuais. O objetivo é desenvolver modelos operacionais maiores, capazes de transportar até dez toneladas de carga, com disponibilidade prevista para 2025.
Essa iniciativa ambiciosa poderia mudar as regras do jogo no setor de transporte aéreo de carga, oferecendo uma alternativa ecológica e econômica para atender a demanda crescente por entregas rápidas, enquanto reduz os custos e a pegada de carbono da indústria.