Um recorde absoluto de velocidade para a humanidade na vĂ©spera de Natal 🚀

Publicado por Adrien,
Fonte: NASA
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A sonda Parker Solar Probe, lançada em 2018, continua sua missĂŁo para explorar a coroa solar. Ela se aproximou progressivamente de nossa estrela graças a vĂĄrias manobras orbitais engenhosas, incluindo mĂșltiplos sobrevoos de VĂȘnus.

Os engenheiros esperam um recorde de aproximação sem precedentes na manhã de 24 de dezembro, acompanhado de uma velocidade jamais alcançada por um artefato fabricado pelo homem.


Créditos: NASA GSFC/CIL/Brian Monroe

Segundo estimativas, Parker pode atingir velocidades superiores a 700.000 km/h durante este sobrevoo. Esse desempenho a posiciona como o objeto mais råpido jå criado pela humanidade. Submetida a temperaturas superiores a 1400 graus Celsius, a sonda é protegida por um escudo térmico que isola seus instrumentos. Os técnicos explicam que esse revestimento de carbono composto dissipa eficazmente o calor, preservando os equipamentos eletrÎnicos a bordo.

Desde 2021, a sonda conseguiu atravessar a coroa solar. Os pesquisadores observam, assim, diretamente os ventos coronais, fluxos de partĂ­culas de alta velocidade ejetadas pela nossa estrela. A equipe afirma que cada sobrevoo fornece novos dados para compreender a energia e as temperaturas extremas nessa regiĂŁo.

A sonda utiliza a assistĂȘncia gravitacional de VĂȘnus para se aproximar ainda mais do Sol. Esse mĂ©todo economiza combustĂ­vel e ajusta levemente a trajetĂłria em direção Ă  coroa. Os especialistas destacam que, sem esses sobrevoos planetĂĄrios, alcançar uma proximidade tĂŁo grande seria praticamente impossĂ­vel.

Este perĂ­odo coincide com a intensa atividade do ciclo solar, frequentemente chamado de mĂĄximo solar. Manchas solares, erupçÔes e ejeçÔes de massa coronal tornam-se mais frequentes nessa fase. As mediçÔes realizadas oferecem informaçÔes sobre a evolução do campo magnĂ©tico do Sol, facilitando a previsĂŁo de distĂșrbios espaciais que podem afetar satĂ©lites ou redes elĂ©tricas.


Os mĂșltiplos sobrevoos de VĂȘnus permitem que a sonda se aproxime mais do Sol.
Créditos: NASA/JPL/HORIZONS system

Membros do projeto mencionam que essas observaçÔes remetem ao feito histórico dos primeiros passos na Lua. Eles consideram que este sobrevoo representa um avanço significativo na compreensão de nossa estrela. A comparação ilustra a importùncia de ultrapassar novas fronteiras no próprio coração do nosso Sistema Solar.

A sonda Parker Solar Probe deverĂĄ realizar vĂĄrios outros sobrevoos atĂ© 2025. Seu combustĂ­vel eventualmente se esgotarĂĄ, resultando em sua lenta desintegração sob a influĂȘncia das forças do Sol. Os pesquisadores supĂ”em que o escudo tĂ©rmico, no entanto, pode sobreviver em Ăłrbita por vĂĄrios milĂȘnios, servindo como testemunho da engenhosidade empregada para explorar a coroa solar.

É mais difícil alcançar o Sol do que deixar o Sistema Solar


Reduzir sua velocidade orbital ao redor do Sol exige uma enorme quantidade de energia. As leis da gravidade determinam que, para “descer” em direção à nossa estrela, um artefato precisa desacelerar substancialmente.

Por outro lado, afastar-se exige um acĂșmulo gradual de velocidade. Isso Ă© mais simples, pois o movimento de afastamento utiliza o impulso inicial da Terra.

Para alcançar as proximidades do Sol, é necessårio compensar a velocidade que a Terra oferece em sua órbita ao redor da estrela. Anular essa velocidade exige mais energia do que se propulsar para além do cinturão de Kuiper.

Por essa razĂŁo, a missĂŁo Parker Solar Probe realizou mĂșltiplos sobrevoos de VĂȘnus, que permitiram desacelerar e ajustar sua Ăłrbita, possibilitando uma aproximação cada vez maior do Sol.
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