Este estudo revela a chave para manter boas relações com seus filhos ao longo do tempo

Publicado por Cédric,
Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: PLOS One
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O humor, muitas vezes considerado um remédio universal, pode também desempenhar um papel crucial na educação das crianças.

Um estudo-piloto realizado por pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia (Penn State) sugere que o uso do humor pelos pais melhora significativamente a qualidade de sua relação com os filhos.


Imagem ilustrativa Pixabay

O estudo, publicado no PLOS One, revelou que a maioria dos participantes vê o humor como uma ferramenta parental eficaz. Das 312 pessoas entrevistadas, com idades entre 18 e 45 anos, mais de 71% reconheceram que o humor pode ser benéfico na relação pai-filho. Entre aqueles que cresceram em um ambiente onde o humor estava presente, a maioria expressou uma opinião positiva sobre sua relação com os pais e a forma como foram educados.

Benjamin Levi, professor de pediatria e humanidades no Penn State College of Medicine e autor principal do estudo, explica que o humor pode ensinar flexibilidade cognitiva, aliviar o estresse e promover a resolução criativa de problemas, além da resiliência. Inspirado por sua própria experiência familiar e profissional, ele questionou a utilização construtiva do humor no contexto parental.

Lucy Emery, primeira autora do estudo e atualmente residente em pediatria no Boston Children's Hospital, destaca que as relações entre pais e filhos, embora mais afetuosas que as relações profissionais, são frequentemente marcadas por situações estressantes. Ela traça um paralelo entre o uso do humor nas empresas, que ajuda a reduzir hierarquias e melhorar a colaboração, e seu uso na esfera familiar para desarmar tensões e fortalecer os laços.

Os resultados deste estudo indicam uma clara correlação entre o uso do humor pelos pais e a percepção que seus filhos, quando adultos, têm de sua educação. Entre os participantes que cresceram com pais bem-humorados, 50,5% declararam ter uma boa relação com eles, e 44,2% acreditam que seus pais cumpriram bem seu papel educativo. Em contraste, apenas 2,9% das pessoas cujos pais não usavam humor relatam manter uma boa relação com eles, e 3,6% acreditam que seus pais desempenharam adequadamente seu papel parental.

O estudo também destaca um efeito de transmissão: os pais bem-humorados tendem a replicar essa ferramenta educativa com seus próprios filhos. Esta pesquisa preliminar constitui um ponto de partida para entender como utilizar o humor de maneira construtiva como pai e para identificar as situações em que ele pode ser menos apropriado.

Os pesquisadores continuam atualmente seus trabalhos ampliando sua amostra para um grupo mais diversificado de pais e coletando dados qualitativos baseados em suas experiências com o humor. Benjamin Levi espera que essa abordagem permita não apenas reduzir tensões, mas também desenvolver a resiliência e a flexibilidade cognitiva e emocional, tanto nos pais quanto em seus filhos.
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