Este projeto titânico: uma "grande muralha solar" para abastecer Pequim com eletricidade ⚡

Publicado por Cédric,
Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Nasa
Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
No coração do deserto de Kubuqi, na Mongólia Interior, um projeto titânico está tomando forma. Uma fazenda solar de 400 quilômetros de extensão, capaz de produzir 100 gigawatts de eletricidade, visa suprir as necessidades energéticas de Pequim até 2030.



A central solar vista do espaço em 2024 (acima) e em 2017 (abaixo)
Imagem NASA

Este projeto faraônico, batizado de "grande muralha solar", ilustra a ambição chinesa de dominar as energias renováveis. Ele superará amplamente os parques solares existentes. Este projeto faz parte de uma estratégia mais ampla de redução das emissões de CO₂ e de combate à desertificação.

Um projeto com dimensões impressionantes

O deserto de Kubuqi, com suas 3.100 horas de sol por ano, oferece condições ideais para a energia solar. A fazenda, com uma largura média de 5 quilômetros, se estenderá por 400 quilômetros. No final, ela produzirá eletricidade suficiente para abastecer Pequim, que consumiu 135,8 terawatts-hora em 2023.

Um trecho de 133 quilômetros, já operacional, gera 38 terawatts-hora por ano. Isso equivale a uma redução de 31,3 milhões de toneladas de CO₂, substituindo 12,6 milhões de toneladas de carvão. Este projeto mostra como a energia solar pode transformar áreas desérticas em fontes de energia.

Benefícios ecológicos inesperados

Além da produção de eletricidade, esta fazenda solar contribui para o combate à desertificação. Os painéis atuam como quebra-ventos, fixando a areia e reduzindo a evaporação. Isso favorece o crescimento de culturas em 2.400 hectares, criando um ecossistema único sob os painéis.

Esta abordagem inovadora combina energia renovável e agricultura. Os painéis elevados permitem que a vegetação prospere, ao mesmo tempo que limitam a erosão do solo. Um exemplo de sinergia entre tecnologia e ecologia.

Um avanço importante para a energia solar

A China já domina o setor solar, com 51% da capacidade mundial em 2024. Este projeto reforça sua posição de liderança, com um crescimento médio anual de 39.994 megawatts entre 2017 e 2023. Os Estados Unidos e a Índia seguem bem atrás.

A fazenda de Kubuqi utiliza tecnologias de ponta, como painéis bifaciais, aumentando a produção graças à reflexão da luz na areia. Essas inovações podem inspirar outros projetos ao redor do mundo.

Uma transformação visível do espaço

Os satélites da NASA capturaram a evolução do local entre 2017 e 2024. As imagens mostram uma expansão espetacular dos painéis solares, transformando o deserto em um "mar fotovoltaico". Parte da central de 2 GW, em forma de cavalo visível do espaço, simboliza essa metamorfose.

Este projeto, previsto para 2030, ilustra a determinação da China em reduzir suas emissões de carbono enquanto atende às suas crescentes necessidades energéticas. E isso é uma prova de que os desertos podem se tornar fontes de energia e vida.
Página gerada em 0.089 segundo(s) - hospedado por Contabo
Sobre - Aviso Legal - Contato
Versão francesa | Versão inglesa | Versão alemã | Versão espanhola