👽 Extraterrestres: China aponta o maior radiotelescópio do mundo para o sistema TRAPPIST-1

Publicado por Adrien,

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A apenas 40 anos-luz da Terra, uma estrela anã vermelha chamada TRAPPIST-1 intriga os astrónomos pelo seu sistema planetário excecional. À sua volta orbitam sete planetas rochosos de tamanho semelhante ao nosso, dos quais vários poderão albergar água líquida, um ingrediente chave para a vida tal como a conhecemos. Esta configuração única faz dele um laboratório ideal para procurar possíveis civilizações extraterrestres.

Uma equipa de investigadores chineses mobilizou o radiotelescópio FAST, o maior e mais sensível do mundo, para observar TRAPPIST-1 durante quase duas horas. Analisaram frequências de rádio precisas, capazes de denunciar emissões artificiais, com uma resolução inédita que permite detetar sinais extremamente fracos. Esta abordagem direcionada visava identificar transmissões coerentes, impossíveis de produzir naturalmente, que teriam indicado a presença de tecnologia avançada.


Apesar da sensibilidade notável do radiotelescópio, nenhuma prova convincente de atividade tecnológica foi identificada. Este resultado negativo não é um fim em si mesmo: permite estabelecer limites superiores para a potência de possíveis emissores neste sistema.

Os cientistas não desistem por isso. Planeiam alargar as suas pesquisas a outros tipos de sinais, como emissões periódicas ou transitórias, que poderiam escapar aos métodos atuais. TRAPPIST-1 continua a ser um alvo prioritário.

As anãs vermelhas e o seu potencial habitável


As anãs vermelhas são as estrelas mais comuns no Universo, caracterizadas pela sua baixa massa e longa duração de vida, podendo atingir várias vezes a idade atual do Universo. Para simplificar: têm uma tal longevidade que nenhuma anã vermelha chegou ainda ao fim da sua vida. A sua relativa estabilidade oferece um ambiente potencialmente propício ao desenvolvimento da vida em escalas de tempo imensas.

No entanto, estas estrelas emitem frequentemente flares violentos (rajadas de radiação) e radiações ultravioleta intensas, que poderiam esterilizar os planetas próximos. Para que um planeta seja habitável, deve possuir uma atmosfera protetora ou um campo magnético suficiente para atenuar estes efeitos nefastos.


Comparação de tamanho entre TRAPPIST-1 e o Sol, ilustrando a natureza compacta deste sistema planetário promissor.
Crédito: CactiStaccingCrane

Apesar disto, a proximidade de anãs vermelhas com planetas na sua zona habitável facilita a sua deteção e estudo. Missões futuras, como as do telescópio espacial James Webb, poderão analisar as suas atmosferas em busca de bioassinaturas, como oxigénio ou metano.

TRAPPIST-1 é um exemplo emblemático, mostrando que mesmo à volta de estrelas modestas, a diversidade planetária pode rivalizar com a do nosso Sistema Solar.

A pesquisa SETI e os seus métodos evolutivos


A pesquisa de inteligência extraterrestre (SETI) utiliza principalmente ondas de rádio para detetar sinais artificiais, baseando-se na ideia de que civilizações avançadas poderiam emitir transmissões detetáveis a grande distância. Os progressos tecnológicos, como o radiotelescópio FAST, aumentaram consideravelmente a sensibilidade destas pesquisas.

Para além dos sinais de rádio contínuos, os cientistas exploram agora outros tipos de emissões, como lasers óticos ou neutrinos, que poderiam ser marcadores de tecnologias ainda mais avançadas. Cada método complementa os outros, cobrindo um espetro mais alargado de possibilidades.

A ausência de deteção até à data não invalida o esforço SETI; permite antes eliminar certas hipóteses e aperfeiçoar estratégias futuras. Iniciativas cidadãs, como o projeto SETI@home, chegam a mobilizar o público para analisar os dados, democratizando esta busca.

A longo prazo, a combinação da astronomia multi-mensageira (ondas gravitacionais, partículas, etc.) poderá revolucionar a nossa abordagem, oferecendo perspetivas inéditas para desvendar o mistério da nossa solidão ou não no cosmos.
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