Os voos espaciais danificam irreversivelmente os rins

Publicado por Adrien,
Fonte: Nature Communications
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As viagens espaciais, embora impressionantes, acarretam riscos significativos para a saúde humana. Um estudo recente revela que a microgravidade e as radiações cósmicas alteram a estrutura e a função dos rins, causando danos potencialmente permanentes. Estas descobertas levantam preocupações quanto às missões de longa duração, especialmente para Marte.


Segundo pesquisadores da University College London (UCL), os voos espaciais alteram os rins, com radiações galácticas causando danos duradouros. Este estudo, publicado na Nature Communications, é a maior análise até hoje sobre a saúde renal em voos espaciais.

Desde os anos 1970, sabe-se que as estadias no espaço geram problemas de saúde como a perda de massa óssea e cálculos renais. No entanto, os efeitos específicos sobre os rins durante missões prolongadas além do campo magnético terrestre foram pouco estudados até agora.

Esta pesquisa, financiada pelo Wellcome Trust, St Peters Trust e Kidney Research UK, envolveu análises biomoleculares e fisiológicas de dados de missões espaciais e de simulações com ratos. Os resultados mostram que os rins, em particular os túbulos renais, sofrem modificações estruturais significativas após menos de um mês em microgravidade. As radiações galácticas, por sua vez, causam danos ainda mais severos.

As implicações para missões a Marte são preocupantes. Os rins de ratos expostos a radiações galácticas durante períodos simulados de 2,5 anos apresentaram danos permanentes. Isso sugere que os astronautas podem necessitar de cuidados intensivos, como diálise, comprometendo seriamente as missões de longa duração.

Apesar desses desafios, os pesquisadores destacam que a identificação dos problemas é um passo crucial para desenvolver soluções. Compreender a biologia renal pode levar a medidas de proteção para as viagens espaciais e a aplicações médicas na Terra, especialmente para pacientes em radioterapia.
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